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Possíveis destroços são pista crível de avião desaparecido

Aeronaves e navios abriram caminho em meio ao mau tempo nesta quinta-feira na busca por objetos flutuando em mares remotos na costa da Austrália

Mulher escreve uma mensagem para os passageiros a bordo do avião desaparecido da Malaysia Airlines e seus familiares, em Petaling Jaya (Samsul Said/Reuters)

Mulher escreve uma mensagem para os passageiros a bordo do avião desaparecido da Malaysia Airlines e seus familiares, em Petaling Jaya (Samsul Said/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2014 às 12h23.

Sydney/Kuala Lumpur - Aeronaves e navios abriram caminho em meio ao mau tempo nesta quinta-feira na busca por objetos flutuando em mares remotos na costa da Austrália que o governo da Malásia chamou de "pista crível" do avião desaparecido há quase duas semanas.

Os grandes objetos, que autoridades australianas disseram ter sido avistados por satélite quatro dias atrás em uma das regiões mais remotas do globo, são o achado mais promissor em dias. As equipes de socorro percorrem uma área vasta para encontrar o avião, que tinha 239 pessoas a bordo.

Um navio mercante norueguês chegou ao local nesta quinta, mas as autoridades alertaram que pode levar dias para confirmar se os objetos eram parte do Boeing 777 da Malaysia Airlines. O governo malaio declarou que a busca continuará em outros locais, apesar da pista no sul do Oceano Índico.

A área onde os objetos foram vistos está cerca de 2.500 km a sudoeste da cidade australiana de Perth, correspondendo aproximadamente à extremidade de uma rota ao sul que os investigadores calcularam que a aeronave pode ter seguido após ser desviada.

"Ontem eu disse que queríamos reduzir a área de busca. Agora temos uma pista crível", disse o ministro malaio dos Transportes, Hishammuddin Hussein, aos repórteres em Kuala Lumpur.

Uma busca pelo avião, que começou nas águas tropicais na costa leste da Malásia, foi redirecionada para os oceanos imensos e gelados entre a Austrália, o sul da África e a Antártica.

Dois aviões AP-3C Orions da Força Aérea Real da Austrália, um P-8 Poseidon da Marinha dos EUA e um P-3K2 Orion da Força Aérea Real da Nova Zelândia participaram da busca desta quinta-feira, que foi cancelada no final da noite no horário local e será retomada na sexta-feira.


Já surgiram várias pistas falsas e nenhum destroço confirmado do voo MH370 desde que ele desvaneceu das telas de controle aéreo na costa leste da Malásia em 8 de março, menos de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur rumo a Pequim.

Hishammuddin disse que a informação recebida da Austrália sobre os objetos foi "corroborada até certo ponto" por outros satélites, tornando-a mais plausível que pistas anteriores.

O maior dos objetos media até 24 metros, era longo e parecia estar flutuando na água a milhares de metros de profundidade, disseram autoridades australianas. O segundo objeto tinha cerca de cinco metros de comprimento. Setas nas imagens apontavam para dois objetos indistintos aparentemente ondulando na água.

"É crível o suficiente para desviar a busca para essa área, já que proporciona uma pista promissora do que podem ser destroços", disse o comodoro da Força Aérea Real da Austrália, John McGarry, em uma coletiva de imprensa em Camberra.

As imagens de satélite, fornecidas pela empresa norte-americana DigitalGlobe, foram feitas em 16 de março, o que significa que os possíveis destroços podem ter se afastado do local original a esta altura.

As autoridades australianas disseram que uma aeronave lançou na área uma série de balizas flutuantes, que fornecerão informações sobre correntezas para ajudar a calcular a última localização.

O capitão do primeiro AP-3C Orions da Força Aérea da Austrália a voltar da área de busca descreveu as condições de tempo como "extremamente ruins", com mares violentos e ventos fortes.

Um navio da Marinha Real da Austrália equipado para recuperar objetos também está a caminho.

O quebra-gelo chinês para pesquisa na Antártica Xuelong, ou Dragão de Gelo, partirá de Perth para pesquisar a área, afirmaram autoridades marítimas segundo a agência estatal chinesa de notícias Xinhua. Cerca de dois terços dos 227 passageiros do voo MH370 eram cidadãos chineses.

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