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Pós-atentado, Maduro intensifica mão de ferro na Venezuela

O presidente da Venezuela afirmou ter escapado ileso do suposto atentado, já anunciou seis detenções e prometeu ir a fundo nas investigações

Maduro em discurso: militares e esposa do ditador se assustaram com o que seriam drones carregados com explosivos (Venezuelan Govermenment TV/Handout/Reuters)

Maduro em discurso: militares e esposa do ditador se assustaram com o que seriam drones carregados com explosivos (Venezuelan Govermenment TV/Handout/Reuters)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 6 de agosto de 2018 às 06h22.

Última atualização em 6 de agosto de 2018 às 06h58.

A Venezuela começa a semana debaixo de tensão. No último sábado, o ditador Nicolás Maduro foi alvo de um suposto atentado, que teria sido conduzido por drones com explosivos. Uma onda repressiva contra seus adversários deve se intensificar. Maduro afirma ter escapado ileso do suposto atentado, já anunciou  seis detenções e prometeu ir a fundo nas investigações. Sete soldados ficaram feridos, segundo o governo.

De acordo com o governo,  drones detonaram explosivos diante da tribuna presidencial enquanto Maduro discursava em um evento de celebração militar. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento em que uma explosão é ouvida e os seguranças de Maduro correm para protegê-lo com um colete à prova de balas. Ao contrário do presidente, que permaneceu de pé e tentou observar o que acontecia, vários militares a seu lado se abaixaram e, pouco depois, Maduro foi retirado do local. Sua esposa, Cilia Flores, e vários nomes importantes do governo também estavam no palanque.

Apesar disso, não há imagens concretas dos drones ou do atentado em si, por isso ainda refere-se como “suposto atentado”. Vizinhos da localidade afirmaram a agências internacionais que um dos drones colidiu com um prédio da região.

Teme-se agora pela mão de ferro de Maduro, que encara  enorme rejeição popular em consequência do colapso econômico. Ele atribuiu o ataque à “ultradireita”, como se refere à oposição, e ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que recentemente disse em entrevista que via “próxima a queda” do venezuelano. “Trata-se de um atentado para me matar, tentaram me assassinar no dia de hoje. Não tenho dúvidas de que o nome de Juan Manuel Santos está por trás deste atentado”, afirmou Maduro.

As identidades dos suspeitos serão reveladas nesta segunda-feira, bem como demais medidas de Maduro para lidar com a situação. Um desconhecido grupo chamado “Movimento Nacional dos Soldados de Camisetas” disse ser responsável pelo incidente. Eles enviaram um comunicado em que desejam uma recuperação rápida para os sete soldados feridos, mas prometem mais resistência.

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