São Paulo – Os militantes do Estado Islâmico (EI) desistiram de pedir o montante de 200 milhões de dólares pela vida do refém japonês Kenji Goto e, agora, prometem também poupar o piloto jordaniano Moaz al-Kassesbeh, capturado após seu avião ter sido derrubado pela artilharia do grupo, se a Jordânia topar libertar a iraquiana Sajida al-Rishawi.
Ao que tudo indica, a pressão dos militantes fez efeito. Nesta manhã, divulgou a rede de notícias CNN, uma televisão jordaniana informou que o país aceitará as condições para ter de volta o seu cidadão e se prepara para libertar a iraquiana.
Sajida foi presa no país em 2006 por conta de sua participação em três ataques terroristas simultâneos que atingiram Amã, a capital do país, em 2005. De acordo com autoridades, o episódio havia sido orquestrado pelo braço iraquiano do Al Qaeda e por seu marido, Hussein Ali al-Shamari.
Mas, afinal, quais os interesses dos jihadistas na liberdade desta jovem senhora de 40 anos?
Especialistas consideram que a sua dedicação ao extremistmo não é o único fator que conquistou a atenção do EI, mas também os seus laços familiares. Sajida é irmã de um dos assistentes mais próximos de Abu Musab al-Zarqawi, então chefe do Al Qaeda no Iraque. Foi este braço da rede Al Qaeda que, pouco tempo depois, se transformaria no que é hoje chamado de Estado Islâmico.
De acordo com o Michael W.S. Ryan, da Jamestown Foundation, al-Zarqawi, morto em 2006, é visto como o grande líder do movimento jihadista atual desde o início da ocupação dos EUA no Iraque e, portanto, é uma figura importante nas mensagens de recrutamento do EI.
Segundo o jornal The Washington Post, tentar libertar uma mulher tão próxima ao ex-chefe da rede terrorista no Iraque seria uma forma de alavancar um número maior de combatentes e também dar continuidade ao legado de al-Zarqawi. Ainda segundo o jornal, na época dos ataques em Amã, Sajida foi vista como uma heroína por ter acompanhado o marido no ato e passou a ser admirada.
Para Karima Bennoune, professora de Direito Internacional na Universidade da Califórnia, a história de Sajida conta muito para justificar o fato de sua liberdade ter se tornado uma demanda. “Porém”, explicou ela à rede americana NBC News, “é também provável que o EI esteja tentando se posicionar erroneamente como um defensor das mulheres islâmicas”.
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1. Armados e perigosos
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1/11 (AFP)
São Paulo – O
Departamento de Estado dos Estados Unidos conta com um programa no qual oferece milionárias recompensas por informações de pessoas que tenham se envolvido em
ataques terroristas em qualquer lugar do planeta. E, em seu
site oficial, exibe ainda uma lista com os nomes daqueles que são, atualmente, os mais procurados. Entre os mais famosos estão, por exemplo, Abu Bakr al-Baghdadi, líder do violento grupo Estado Islâmico (
EI), e Abubakar Shekau, o
chefe dos nigerianos do Boko Haram. Confira nas imagens estes e outros terroristas que integram a relação produzida pelos EUA.
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2. Ayman Zawahiri
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2/11 (Departamento de Estado dos EUA)
Zawahiri é, atualmente, o terrorista cujas informações são mais valiosas para os Estados Unidos. Segundo o Departamento de Estado do país, pistas que possam levar até o seu paradeiro podem render 25 milhões de dólares. Nascido em 1951 no Egito, ele é um dos fundadores do grupo Jihad Islâmica Egípcia e teria sido um dos mais importantes conselheiros de Osama bin Laden. Acredita-se que ele seja hoje parte da rede Al Qaeda. Foi denunciado por supostos envoolvimentos em diferentes atentados como um realizado em 1998 contras embaixadas dos EUA na Tanzânia e no Quênia. 224 pessoas morreram e mais de cinco mil ficaram feridas.
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3. Abu Du’a
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3/11 (Departamento de Estado dos EUA)
Também conhecido como Abu Bakr al-Baghdadi, Du’a teria nascido no Iraque em 1971 e é atualmente o grande líder do violento grupo Estado Islâmico (EI), que domina partes da Síria e do Iraque. O valor da recompensa por informações de Baghdadi pode ir até 10 milhões de dólares.
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4. Sirajuddin Haqqani
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4/11 (Departamento de Estado dos EUA)
Nascido em 1973 no Afeganistão, Haqqani é procurado por ter participado de atentados como a tentativa de homicídio do então presidente afegão Hamid Karzai em 2008 e o ataque a um hotel em Cabul no qual seis pessoas foram mortas. Acredita-se que ele é o líder de um grupo chamado Rede Haqqani. Alinhada com o Taleban, esta rede de insurgentes foi fundada por seu pai em 1980 e tem como objetivo estabelecer a sharia, a lei islâmica, no Afeganistão. A recompensa por seu paradeiro é de até 10 milhões de dólares.
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5. Mullah Omar
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5/11 (Departamento de Estado dos EUA)
Omar é afegão e um dos líderes do Taleban. Segundo o Departamento de Estado dos EUA, teria abrigado Osama bin Laden e outros membros da rede Al Qaeda nos anos anteriores aos ataques de 11 de setembro. O valor da recompensa por informações de Omar é de até 10 milhões de dólares.
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6. Hafiz Mohammad Saeed
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6/11 (Departamento de Estado dos EUA/Divulgação)
Saeed é líder do grupo Jamaad-ud-Dawa, que está na ativa no Paquistão e deseja impor a sharia, a lei islâmica, no país. Ele é ex-professor de engenharia e suspeita-se que tenha sido a mente por trás dos ataques de 2008 em Mumbai no qual mais de 160 pessoas morreram. A recompensa por informações que levem até Saeed pode chegar até 10 milhões de dólares.
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7. Yasin al-Suri
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7/11 (Departamento de Estado dos EUA)
Al-Suri nasceu em 1982 na Síria e exerce atividades de cunho administrativo da rede Al Qaeda no Irã. Segundo o governo dos EUA, é o responsável pela movimentação de líderes e membros do grupo entre o Paquistão e a Síria. Além disso, organiza e realiza a manutenção das rotas usadas por combatentes em viagens da Turquia para território sírio e em outros países ocidentais. O valor da recompensa por informações de seu paradeiro é de até 10 milhões de dólares.
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8. Nasir al-Wahishi
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8/11 (Departamento de Estado dos EUA)
Al-Wahishi é um dos líderes da rede Al Qaeda na Península Árabe. De acordo com informações do Departamento de Estado dos EUA, é ele o responsável pela aprovação dos próximos alvos de ataques terroristas, recrutamento de novos combatentes e distribuição de recursos entre os centros de treinamento. O valor da recompensa por al-Wahishi é de até 10 milhões de dólares.
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9. Muhsin al-Fadhli
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9/11 (Departamento de Estado dos EUA)
Nascido em 1981 no Kuwait, al-Fadhli trabalha no “departamento financeiro” da rede Al Qaeda no Irã e é um de seus líderes. É ainda responsável pelo financiamento de atividades do grupo e pelo planejamento, facilitação e execução de atos terroristas. Além de procurado por autoridades dos EUA, que podem pagar até 10 milhões de dólares como recompensa por informações que levem até ele, al-Fadhli é ainda procurado na Arábia Saudita e no Kuwait. Fez parte do pequeno círculo de terroristas da Al Qaeda que tomaram ciência dos ataques do 11 de setembro antes que os mesmos fossem realizados.
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10. Abubakar Shekau
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10/11 (Departamento de Estado dos EUA)
Líder do grupo Boko Haram, Shekau nasceu em Yobe, Nigéria. Seu objetivo é lutar pela imposição da sharia, a lei islâmica, no país e, para tanto, há anos realiza sangrentos ataques especialmente no norte nigeriano. O valor da recompensa por seu paradeiro pode chegar até 10 milhões de dólares.
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11. Agora veja quais países são os mais afetados por atos terroristas
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11/11 (Getty Images)