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Polícia realiza mais buscas por escravas em Londres

A Scotland Yard ampliou investigação sobre a escravidão de três mulheres no sul de Londres para outras 13 residências


	Sede da Scotland Yard, em Londres: ao menos 37 policiais da unidade de contra o trafico de pessoas da Scotland Yard trabalham no caso
 (Dan Kitwood/GETTY IMAGES)

Sede da Scotland Yard, em Londres: ao menos 37 policiais da unidade de contra o trafico de pessoas da Scotland Yard trabalham no caso (Dan Kitwood/GETTY IMAGES)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 09h33.

Londres - A Scotland Yard ampliou hoje (25) a investigação sobre a escravidão de três mulheres no sul de Londres para outras 13 residências, informou a Polícia Metropolitana.

A pesquisa começou depois de uma das mulheres escravizadas, uma irlandesa de 57 anos, entrou em conato no mês passado com o grupo beneficente Freedom Charity denunciando ter sido escrava por mais de 30 anos em uma casa no sul da capital britânica.

As outras duas mulheres escravizadas eram uma britânica de 30 anos, e uma senhora de 69 anos da Malásia, todas elas que sofreram durantes anos abusos físicos e mentais de um casal.

A Polícia realizou neste final de semana investigações casa por casa nos arredores de Peckford Place, no bairro de Brixton, onde as três mulheres foram encontradas.

Ainda hoje, o jornal britânico Sun publicou algumas das 500 cartas de amor e de pedido de ajuda que uma das mulheres enviava para um vizinho, assinando como "Rosie".

A jovem colocava as cartas regularmente na caixa postal do vizinho de casa, Marius Feneck, que tem uma companheira e três filhos. O chamava de meu "amado anjo" e escrevia que os seus dois seqüestradores eram "monstros, loucos, malvados e racistas" e que mantinham todas as portas trancadas com chaves.

Marius pensava que a autora das cartas fosse uma pessoa com problemas mentais. "È uma grande vergonha que ate agora não conhecêssemos o que estava acontecendo. Poderíamos ter feito alguma coisa para ajudá-las", disse o vizinho ao jornal.

No final de semana também foi informado que o casal preso, já tinha sido detido nos anos 1970.

Os agentes conseguiram localizar a certidão de nascimento da britânica escravizada, que teria vivido toda sua vida em cativeiro e sob condições de servidão forçada.

Ao menos 37 policiais da unidade de contra o trafico de pessoas da Scotland Yard trabalham no caso, que emocionou a opinião pública britânica.

Neste domingo (24), a ministra britânica do Interior, Theresa May, confirmou que o governo apresentará um projeto de lei para acabar por completo com a escravidão moderna no Reino Unido, que destacou ser um problema crescente no país.

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