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Polícia malaia apreende US$ 29 milhões em casas de ex-primeiro-ministro

Uma equipe de 22 funcionários de bancos levou três dias para contar o dinheiro. A soma estava guardada em 35 bolsas e dividida em moedas de 26 países

Investigação: as buscas faziam parte de uma vasta operação relacionada com o caso de corrupção do ex-mandatário (Bazuki Muhammad/Reuters)

Investigação: as buscas faziam parte de uma vasta operação relacionada com o caso de corrupção do ex-mandatário (Bazuki Muhammad/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de maio de 2018 às 10h52.

Última atualização em 25 de maio de 2018 às 10h53.

Bangcoc - A polícia da Malásia apreendeu cerca de US$ 29 milhões, em dinheiro vivo, durante buscas realizadas na semana passada em propriedades do ex-primeiro-ministro, Najib Razak, em uma investigação por um caso de corrupção, informou nesta sexta-feira as autoridades locais.

O chefe do Departamento de Crimes Comerciais, Amar Singh Ishar Singh, disse que o dinheiro estava guardado em 35 bolsas e dividido em moedas de 26 países, e que 22 funcionários de bancos necessitaram de três dias para contá-lo.

Ele também disse que encontraram outras 35 bolsas com relógios e joias nas buscas realizadas no último dia 18, a maioria deles em um apartamento desocupado de Kuala Lumpur, assim como em outros dois imóveis, onde residem um filho e uma filha de Najib.

"Estamos no processo de autenticar relógios e jóias para ter uma estimativa de seu valor", disse Amar, em entrevista coletiva.

As buscas faziam parte de uma vasta operação relacionada com o caso de corrupção no fundo estatal 1Malaysia Development Berhad (1MDB) que foi estendida diversas propriedades vinculadas ao ex-mandatário.

Nelas, a polícia apreendeu 284 caixas com bolsas de luxo, joias, sapatos e outros objetos de valor, assim como meio milhão de ringgit (cerca de US$ 126 mil) em dinheiro da residência privada de Najib.

A operação policial começou depois que Najib perdeu o cargo, nas eleições do último dia 9, e que o novo primeiro-ministro, Mahathir Mohamad, proibisse a saída do país de seu antecessor e sua esposa, Rosmah Mansor.

Sobre o ex-premier pesam várias suspeitas de corrupção, incluindo o suposto desvio de US$ 681 milhões da 1MDB para suas contas pessoais, revelado por uma reportagem em julho de 2016.

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