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Polícia do Quênia reprime protesto contra comissão eleitoral

Multidões se reuniram em Nairóbi, no bastião opositor de Kisumu, no oeste, e na litorânea Mombaça pela segunda vez nesta semana

Quênia: protestos após anulação de eleição se intensificaram em diversas cidades (Thomas Mukoya/Reuters)

Quênia: protestos após anulação de eleição se intensificaram em diversas cidades (Thomas Mukoya/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de outubro de 2017 às 08h48.

Nairóbi - A polícia do Quênia usou gás lacrimogêneo contra ativistas da oposição na capital Nairóbi em meio à intensificação dos protestos em várias cidades, nesta sexta-feira, pedindo a demissão de autoridades da comissão eleitoral envolvidas na eleição presidencial cancelada de agosto.

Multidões se reuniram em Nairóbi, no bastião opositor de Kisumu, no oeste, e na litorânea Mombaça pela segunda vez nesta semana.

A Suprema Corte queniana anulou a votação de 8 de agosto alegando irregularidades, mas sem responsabilizar ninguém da comissão eleitoral em particular.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, que venceu a eleição, mas teve sua vitória anulada, acusou o alto tribunal de deixar a nação à beira do "caos judicial". O líder opositor Raila Odinga e seus apoiadores direcionaram sua ira contra o conselho eleitoral por seu papel na eleição anulada.

Faltando três semanas para uma nova votação, políticos dos dois lados vêm trocando insultos e acusações, o que desperta temores de mais tumultos no polo econômico e de transporte da região.

A oposição está ameaçando boicotar a nova votação de 26 de outubro se as autoridades da comissão eleitoral não forem afastadas e o Parlamento não aprovar uma emenda proposta à lei eleitoral que impediria a Suprema Corte de anular os resultados novamente.

No início desta sexta-feira, o comandante de polícia do condado de Nairóbi disse que as pessoas terão permissão para protestar, mas que qualquer um que tente destruir propriedades será "tratado com firmeza".

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