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Polícia diz ter detido figuras-chave do ataque em Manchester

O jornal Guardian, sem citar fontes, disse que três das 10 pessoas presas até agora são irmãos que se acreditava serem primos de Abedi

Manchester: policiais armados apoiados pelo Exército estão patrulhando cidades e trens (Stefan Wermuth/Reuters)

Manchester: policiais armados apoiados pelo Exército estão patrulhando cidades e trens (Stefan Wermuth/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de maio de 2017 às 18h40.

Londres - A polícia do Reino Unido prendeu uma "grande parte da rede" por trás do ataque suicida desta semana em Manchester, mas mais prisões são prováveis, disse a principal autoridade de contraterrorismo do país nesta sexta-feira.

Mark Rowley disse ter havido um progresso "imenso" na investigação sobre Salman Abedi, que matou 22 pessoas, muitas delas crianças, em uma apresentação em Manchester na segunda-feira.

"Elas são muito significativas, estas prisões. Estamos muito satisfeitos de termos colocado as mãos em algumas das figuras-chave com que estamos preocupados. Mas, como disse, ainda há um pouco mais a se fazer", disse Rowley a emissoras.

Desde o ataque, policiais armados apoiados pelo Exército estão patrulhando cidades e trens. A ministra do Interior, Amber Rudd, disse que o alerta oficial de ameaça continua em seu nível mais elevado, "crítico", o que significa que um novo ataque é visto como iminente.

Os hospitais foram instruídos a ficarem de prontidão, mas o ministro da Segurança, Ben Wallace, disse não haver indícios de uma ameaça específica no final de semana prolongado por um feriado, no qual uma série de eventos irá acontecer, incluindo a final da Copa da Inglaterra em Londres, onde agentes estarão a postos.

A campanha eleitoral para a eleição nacional de 8 de junho foi retomada nesta sexta-feira, e o Partido Trabalhista, encorajado por um crescimento nas pesquisas, criticou a política externa do Reino Unido por aumentar o risco de ataques.

O líder trabalhista, Jeremy Corbyn, criticou a primeira-ministra britânica, Theresa May, por cortar os gastos com policiamento.

"Precisamos ser corajosos o suficiente para admitir que a 'guerra ao terror' não está funcionando", afirmou.

May disparou de volta. "Jeremy Corbyn tem dito que os ataques terroristas são nossa culpa", disse a primeira-ministra.

"Quero deixar claro um ponto para Jeremy Corbyn e para vocês: e isso é que não pode haver nunca, jamais, uma desculpa para o terrorismo".

May estava conversando com jornalistas na cúpula dos líderes do G7, onde obteve apoio para agir para impedir que militantes usem a internet para disseminar propaganda.

Uma nova sondagem mostrou que os trabalhistas reduziram a vantagem dos conservadores de May para 5 pontos, o que leva a crer em uma disputa muito mais acirrada do que se previa.

Os correligionários da premiê viram seu apoio cair para 43 por cento e a aprovação dos trabalhistas subir para 38 por cento na sondagem do instituto YouGov, o que fez a libra esterlina perder mais de 0,5 por cento de seu valor perante o dólar e o euro.

Oito pessoas estão sendo detidas pela polícia desde a explosão do homem-bomba no show da cantora norte-americana Ariana Grande. Outras duas pessoas que haviam sido presas nesta semana foram liberadas.

O jornal Guardian, sem citar fontes, disse que três das 10 pessoas presas até agora são irmãos que se acreditava serem primos de Abedi. Seu pai e dois irmãos também foram presos no Reino Unido e na Líbia.

Os policiais que procuram a suposta rede islâmica por trás de Abedi estão interrogando os oito homens de idades entre 18 e 38 anos. Edifícios da área de Manchester e do noroeste inglês estão sendo alvos de operações.

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