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Pobreza nos EUA atinge maior índice desde 1994

Com a alta no indicador, agora são 43,6 milhões de norte-americanos que vivem em condições de pobreza

Clínica comunitária para fazendeiros migrantes em Connecticut, nos EUA (Getty Images)

Clínica comunitária para fazendeiros migrantes em Connecticut, nos EUA (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2010 às 12h49.

Washington - Em meio a recessão econômica, a pobreza nos Estados Unidos aumentou 14,3% em 2009, o maior índice desde 1994, informou hoje o escritório do Censo.

Com isso, a maior economia do mundo acumula 43,6 milhões de pessoas vivendo em condições de pobreza, a quantia mais elevada desde o início da apuração das estatísticas há 51 anos.

O Governo americano considera que uma família de quatro pessoas vive na pobreza quando tem rendimento anual de US$ 22 mil ao ano.

Os números divulgados nesta quinta-feira ficaram abaixo das expectativas dos analistas que, em suas piores previsões, estimavam que o percentual de 15%.

A pobreza cresceu pelo terceiro ano consecutivo em 2009, o primeiro do Governo de Barack Obama e em meio à recessão mais profunda vivida pelo país desde a década de 30.

Um ano antes, em 2008, o índice de pobreza foi de 13,2%, o que representava 39,8 milhões de pessoas.

No mesmo relatório, o Censo detalhou a evolução da renda média dos americanos e o percentual de pessoas sem seguro de saúde, uma das prioridades de Obama ao chegar à Casa Branca.


Em 2009, quando ainda não havia sido feita a reforma da saúde, o número de pessoas sem cobertura médica cresceu de 46,3 para 50,7 milhões, 16,7% da população.

O rendimento familiar dos americanos ficou em US$ 49.777 anuais, praticamente a mesma quantia de um ano atrás.

A evolução entre os diferentes grupos demográficos foi diferente. Os hispânicos tiveram aumento de 0,7% em seu lucro, até alcançar uma média de US$ 38.039 anuais.

No ano passado, os estrangeiros ganharam US$ 43.923, quantia 1,4% superior a 2008.

A população branca, em média, viu reduzir sua receita em 0,5%, para os US$ 51.861, enquanto os negros sofreram uma queda mais agressiva, 4,4%, para os US$ 32.584.

Liderando com os maiores rendimentos estão os asiáticos. No ano passado, eles receberam, em média, US$ 65.469, quantia 0,1% superior ao ano anterior.

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