Plano climático de nações pobres custará U$1 tri, diz estudo
Os países menos desenvolvidos abrigam algumas das comunidades mais pobres e que estão sofrendo os piores impactos das crescentes secas
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2015 às 13h58.
Paris - Os 48 países mais pobres do mundo irão precisar de cerca de 1 trilhão de dólares entre 2020 e 2030 para efetivarem seus planos de enfrentamento às mudanças climáticas , e esses projetos deveriam ser uma prioridade no financiamento internacional, disseram pesquisadores.
Estimativas baseadas em planos entregues pelos países menos desenvolvidos (LDCs, na sigla em inglês) para um novo acordo da Organização das Nações Unidas ( ONU ) cuja meta é frear o aquecimento global mostram quem eles custarão cerca de 93,7 bilhões de dólares por ano a partir de 2020, quando se espera que um pacto a ser acordado em Paris nas duas próximas semanas entre em vigor.
Este valor inclui 53,8 bilhões de dólares anuais para reduzir as emissões de poluentes e 39,9 bilhões de dólares para se lidar com eventos climáticos mais extremos e com a elevação do nível dos mares, de acordo com um relatório do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (IIED, na sigla em inglês), sediado em Londres.
Andrew Norton, diretor do IIED, disse que atualmente os LDCs recebem menos de um terço do financiamento climático internacional fornecido por governos de país ricos.
"Um acordo justo e eficiente em Paris deveria priorizar o investimento das finanças climáticas públicas internacionais para este grupo implementar seus planos de ações climáticas, e ao mesmo tempo acordar medidas para ajudar países em melhor situação a atraírem financiamento climático privado", afirmou ele em um comunicado.
Os países menos desenvolvidos –da Etiópia à Zâmbia, do Iêmen aos Estados-ilhas do Pacífico– abrigam algumas das comunidades mais pobres e que estão sofrendo os piores impactos das crescentes secas, enchentes, tempestades e costas sob efeito da erosão.
Ao mesmo tempo, eles produzem tão somente uma pequena fração dos gases de efeito estufa, catalisadores da mudança climática.
Estas nações são vítimas de uma falta de recursos e de conhecimento generalizados para enfrentarem essa mudança, mas quase todas redigiram as assim chamadas Contribuições Pretendidas Nacionalmente Determinadas (INDCs, na sigla em inglês) para um novo acordo climático global.
Apesar da necessidade evidente de fundos para os países mais pobres combaterem a mudança climática, a maior parte do financiamento governamental tem ido para as nações mais ricas, enfatizou o relatório do IIED.
Brasil, China, índia, Marrocos, África do Sul e Turquia estão recebendo tanto dinheiro público quanto todos os países menos desenvolvidos juntos, acrescentou o documento.
E dos 11,8 bilhões de dólares anuais de governos doadores remetidos aos LDCs em 2013 e 2014, a maior fatia, de 10 bilhões, foi destinada a ações para conter as emissões de poluentes.
Paris - Os 48 países mais pobres do mundo irão precisar de cerca de 1 trilhão de dólares entre 2020 e 2030 para efetivarem seus planos de enfrentamento às mudanças climáticas , e esses projetos deveriam ser uma prioridade no financiamento internacional, disseram pesquisadores.
Estimativas baseadas em planos entregues pelos países menos desenvolvidos (LDCs, na sigla em inglês) para um novo acordo da Organização das Nações Unidas ( ONU ) cuja meta é frear o aquecimento global mostram quem eles custarão cerca de 93,7 bilhões de dólares por ano a partir de 2020, quando se espera que um pacto a ser acordado em Paris nas duas próximas semanas entre em vigor.
Este valor inclui 53,8 bilhões de dólares anuais para reduzir as emissões de poluentes e 39,9 bilhões de dólares para se lidar com eventos climáticos mais extremos e com a elevação do nível dos mares, de acordo com um relatório do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (IIED, na sigla em inglês), sediado em Londres.
Andrew Norton, diretor do IIED, disse que atualmente os LDCs recebem menos de um terço do financiamento climático internacional fornecido por governos de país ricos.
"Um acordo justo e eficiente em Paris deveria priorizar o investimento das finanças climáticas públicas internacionais para este grupo implementar seus planos de ações climáticas, e ao mesmo tempo acordar medidas para ajudar países em melhor situação a atraírem financiamento climático privado", afirmou ele em um comunicado.
Os países menos desenvolvidos –da Etiópia à Zâmbia, do Iêmen aos Estados-ilhas do Pacífico– abrigam algumas das comunidades mais pobres e que estão sofrendo os piores impactos das crescentes secas, enchentes, tempestades e costas sob efeito da erosão.
Ao mesmo tempo, eles produzem tão somente uma pequena fração dos gases de efeito estufa, catalisadores da mudança climática.
Estas nações são vítimas de uma falta de recursos e de conhecimento generalizados para enfrentarem essa mudança, mas quase todas redigiram as assim chamadas Contribuições Pretendidas Nacionalmente Determinadas (INDCs, na sigla em inglês) para um novo acordo climático global.
Apesar da necessidade evidente de fundos para os países mais pobres combaterem a mudança climática, a maior parte do financiamento governamental tem ido para as nações mais ricas, enfatizou o relatório do IIED.
Brasil, China, índia, Marrocos, África do Sul e Turquia estão recebendo tanto dinheiro público quanto todos os países menos desenvolvidos juntos, acrescentou o documento.
E dos 11,8 bilhões de dólares anuais de governos doadores remetidos aos LDCs em 2013 e 2014, a maior fatia, de 10 bilhões, foi destinada a ações para conter as emissões de poluentes.