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Pistorius pode ir para ala hospitalar se for condenado

Zach Modise, que trabalha no sistema carcerário há 35 anos, foi interrogado pela defesa a respeito das condições da Prisão Central de Pretória

Oscar Pistorius: prisão foi o local da execução de dezenas de ativistas políticos negros durante o regime do apartheid (Leon Sadiki/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2014 às 14h04.

Pretória - Oscar Pistorius será encaminhado para a ala hospitalar de uma das prisões mais rígidas da África do Sul se o atleta olímpico e paralímpico biamputado for condenado à prisão pelo assassinato da namorada, informou o responsável pelo serviço penitenciário nesta quinta-feira.

No quarto dia da audência de sentença de Pistorius, Zach Modise, que trabalha no sistema carcerário há 35 anos, foi interrogado pela defesa a respeito das condições da Prisão Central de Pretória, destino mais provável de Pistorius por causa de suas instalações para deficientes.

A prisão foi o local da execução de dezenas de ativistas políticos negros durante o regime do apartheid, que chegou ao fim após a eleição de Nelson Mandela em 1994.

Também é o lar de Eugene de Kock, líder de um esquadrão da morte dos tempos do apartheid conhecido como ‘Mal Elementar’ e por incentivar uma cultura de gangues. A mídia sul-africana relatou espancamentos, estupros e assassinatos no local.

Entretanto, Modise afirmou que a realidade da prisão está muito distante da percepção popular, e que a deficiência de Pistorius – cujas pernas foram amputadas quando ele era um bebê – irá garantir seu encaminhamento para uma ala separada.

“O Departamento de Serviços Correcionais está pronto para receber e manter sob detenção pessoas com deficiência”, disse Modise, que também foi indagado pelo advogado de defesa, Barry Roux, sobre o problema de tuberculose entre os prisioneiros.

Pressionado a fornecer detalhes sobre a população e as instalações para deficientes na prisão, Modise admitiu só haver um médico residente para cada sete mil detentos.

Ele afirmou que Pistorius terá sua própria cela e que se realizará um teste de compatibilidade para determinar suas necessidades.

Na terça-feira, a oficial de condicional Annette Vergeer, testemunhando para a defesa, disse que a prisão irá “destruir” Pistorius por causa de suas limitações físicas e seus problemas psicológicos.

Durante toda a audência de sentença, a defesa se empenhou para manter o atleta de 27 anos fora da prisão, mencionando sua deficiência como justificativa. Na segunda-feira, uma assistente social recomendou que Pistorius seja sentenciado a três anos de serviço comunitário e prisão domiciliar na mansão de seu tio em Pretória.

Pistorius foi condenado por homicídio culposo pelo assassinato negligente da estudante de direito e modelo Reeva Steenkamp em 14 de fevereiro do ano passado, quando ele disparou quatro tiros através da porta de um banheiro afirmando crer que um ladrão se escondia no local.

O Estado e a defesa apresentarão seus argumentos finais na sexta-feira, e a juíza Judge Thokozile Masipa deve pronunciar a sentença dias mais tarde.

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Pretória - Oscar Pistorius será encaminhado para a ala hospitalar de uma das prisões mais rígidas da África do Sul se o atleta olímpico e paralímpico biamputado for condenado à prisão pelo assassinato da namorada, informou o responsável pelo serviço penitenciário nesta quinta-feira.

No quarto dia da audência de sentença de Pistorius, Zach Modise, que trabalha no sistema carcerário há 35 anos, foi interrogado pela defesa a respeito das condições da Prisão Central de Pretória, destino mais provável de Pistorius por causa de suas instalações para deficientes.

A prisão foi o local da execução de dezenas de ativistas políticos negros durante o regime do apartheid, que chegou ao fim após a eleição de Nelson Mandela em 1994.

Também é o lar de Eugene de Kock, líder de um esquadrão da morte dos tempos do apartheid conhecido como ‘Mal Elementar’ e por incentivar uma cultura de gangues. A mídia sul-africana relatou espancamentos, estupros e assassinatos no local.

Entretanto, Modise afirmou que a realidade da prisão está muito distante da percepção popular, e que a deficiência de Pistorius – cujas pernas foram amputadas quando ele era um bebê – irá garantir seu encaminhamento para uma ala separada.

“O Departamento de Serviços Correcionais está pronto para receber e manter sob detenção pessoas com deficiência”, disse Modise, que também foi indagado pelo advogado de defesa, Barry Roux, sobre o problema de tuberculose entre os prisioneiros.

Pressionado a fornecer detalhes sobre a população e as instalações para deficientes na prisão, Modise admitiu só haver um médico residente para cada sete mil detentos.

Ele afirmou que Pistorius terá sua própria cela e que se realizará um teste de compatibilidade para determinar suas necessidades.

Na terça-feira, a oficial de condicional Annette Vergeer, testemunhando para a defesa, disse que a prisão irá “destruir” Pistorius por causa de suas limitações físicas e seus problemas psicológicos.

Durante toda a audência de sentença, a defesa se empenhou para manter o atleta de 27 anos fora da prisão, mencionando sua deficiência como justificativa. Na segunda-feira, uma assistente social recomendou que Pistorius seja sentenciado a três anos de serviço comunitário e prisão domiciliar na mansão de seu tio em Pretória.

Pistorius foi condenado por homicídio culposo pelo assassinato negligente da estudante de direito e modelo Reeva Steenkamp em 14 de fevereiro do ano passado, quando ele disparou quatro tiros através da porta de um banheiro afirmando crer que um ladrão se escondia no local.

O Estado e a defesa apresentarão seus argumentos finais na sexta-feira, e a juíza Judge Thokozile Masipa deve pronunciar a sentença dias mais tarde.

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