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Piratas somalis libertam reféns tailandeses após cinco anos

Um regaste de US$ 150 mil foi pago para que os bandidos libertassem quatro pessoas sequestradas durante um ataque a um cargueiro do país asiático


	Pirata somali armado perto da costa da Somália: 26 pessoas continuam em cativeiro, um número que fica muito longe dos 736 reféns registados em janeiro de 2011
 (Mohamed Dahir/AFP)

Pirata somali armado perto da costa da Somália: 26 pessoas continuam em cativeiro, um número que fica muito longe dos 736 reféns registados em janeiro de 2011 (Mohamed Dahir/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 16h21.

Nairóbi - Quatro marinheiros tailandeses, mantidos reféns durante cinco anos, por piratas somalis, foram libertados, divulgaram hoje (27) autoridades da Somália - país localizado no extremo oriental africano, banhado pelo Oceano Índico.

O cativeiro dos marinheiros tailandeses foi o mais longo da história da pirataria somali.

“Recuperamos os quatro tailandeses numa região remota” da Somália, disse Omar Sheikh Ali, um responsável da região central de Galmudugl, acrescentando que os homens contactaram parentes após a libertação, concretizada na última quarta-feira (25). “Falaram com as respetivas famílias via telefone e choraram, choraram e choraram”, segundo Omar.

Os quatro homens faziam parte dos 24 tripulantes do cargueiro de pavilhão tailandês FV Prantalay 12, feitos prisioneiros em abril de 2010, quando os piratas assaltaram o navio.

Os habitantes de Galkayo, localidade onde estão os serviços administrativos da região de Galmudugl, citados pela agência francesa AFP, relataram que um regaste de US$ 150 mil foi pago para libertar os quatro cidadãos tailandeses.

“Eles receberam uma enorme quantia”, disse Mohamed Abdi - empresário local que esteve envolvido nas negociações -, mas não foi possível confirmar essa informação com fontes oficiais, segundo a AFP.

Após o assalto, os piratas utilizaram o navio FV Prantalay para realizar novos ataques contra outras embarcações. O navio naufragou em julho de 2011, e a tripulação foi transferida para região da Somália, até então desconhecida.

Dos 24 membros da tripulação original, seis morreram de doenças durante o cativeiro, e 14 marinheiros - todos de Myanmar (antiga Birmânia) - foram libertados em maio de 2011 e repatriados com a ajuda das Nações Unidas.

O fenômeno da pirataria ao largo da costa somali perdeu força nos últimos anos, graças ao trabalho desenvolvido por patrulhas antipirataria destacadas pela comunidade internacional.

Atualmente, os piratas somalis mantêm em cativeiro 26 pessoas, um número que fica muito longe dos 736 reféns registados em janeiro de 2011.

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