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Petróleo das Malvinas é melhor do que o esperado

A petroleira britânica Rockhopper teve várias surpresas nas Malvinas nos últimos meses, o que multiplicou por nove sua cotação em bolsa

Bandeira britânica nas Malvinas, onde a petroleira Rockhopper realiza perfurações (Daniel Garcia/AFP)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.

Londres - A petroleira britânica Rockhopper, que realiza perfurações em águas das Malvinas, anunciou nesta sexta-feira que o petróleo encontrado e analisado no bloco Sea Lion é de qualidade média, o que reforça a possibilidade de que possa ser explorado comercialmente.

"A viscosidade, a proporção de gás e de sulfureto (...) são melhores do que tínhamos antecipado", afirmou Sam Moody, o diretor-geral da Rockhopper.

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Segundo um comunicado publicado na sexta-feira pela empresa, as análises de amostras de petróleo tomadas no poço 14/10-2 da Sea Lion, na bacia norte das Malvinas, mostraram que se trata de um petróleo de "qualidade média, com uma viscosidade baixa, pouco carregado de sulfureto e uma densidade média".

Sua densidade API (segundo a medida da American Petroleum Institute) é de entre 26,4 e 29,2 graus, na margem dos petróleos médios.

"É uma notícia positiva para a Rockhopper, que reforça nossa ideia de que a descoberta de Sea Lion é comercialmente explorável", comentou David Hart, analista da Westhouse Securities.

A Rockhopper teve várias surpresas nas Malvinas nos últimos meses, o que multiplicou por nove sua cotação em bolsa. Em julho, estimou o potencial do bloco em 242 milhões de barris.

Associada a duas outras empresas britânicas, Desire Petroleum e Falkland Oil & Gas, a Rockhopper iniciou em fevereiro uma campanha de perfuração na bacia das Malvinas, provocando a ira da Argentina.

O potencial petroleiro das Malvinas constitui um dos pontos de conflito na disputa pela soberania do arquipélago entre Argentina e Reino Unido, que Buenos Aires canaliza agora pela via diplomática, 28 anos depois de uma guerra entre ambos os países.

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