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Peru pede prisão perpétua para líder do Sendero Luminoso

O procurador Luis Landa formalizou o pedido de uma reparação civil de US$ 3,8 milhões para Florindo Eleuterio Flores Hala, nome verdadeiro de "Artemio"


	Acampamento do Sendero Luminoso na selva: líder desafiou o tribunal ao aparecer com o punho direito levantado e depois rejeitar sua responsabilidade nos crimes
 (AFP)

Acampamento do Sendero Luminoso na selva: líder desafiou o tribunal ao aparecer com o punho direito levantado e depois rejeitar sua responsabilidade nos crimes (AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 17h26.

Lima - A Procuradoria do Peru pediu nesta quarta-feira que o "camarada Artemio", último líder histórico do grupo Sendero Luminoso, seja condenado à prisão perpétua no processo no qual é acusado por terrorismo, narcotráfico e lavagem de dinheiro.

Além disso, o procurador Luis Landa formalizou o pedido de uma reparação civil de US$ 3,8 milhões para Florindo Eleuterio Flores Hala, nome verdadeiro de "Artemio".

Durante o dia, os magistrados repreenderam "Artemio" pela atitude desafiante que mostrou ao entrar na sala onde foi realizada a audiência.

O líder do Sendero desafiou o tribunal ao aparecer com o punho direito levantado e depois rejeitar sua responsabilidade nos crimes pelos quais é acusado.

"Artemio" se negou depois a responder ao interrogatório e pediu a presença de seu advogado, Mario Paico, que esteve ausente na audiência de hoje.

Os magistrados lhe responderam que esta fase do processo corresponde à etapa de interrogatórios e não à defesa material na qual se lhe permitirá fazer uso da palavra.

Perante sua negativa a responder, a audiência foi suspensa até na próxima sexta-feira, com a intenção que o advogado Paico compareça ao processo oral.

Flores Hala liderou os remanescentes do Sendero Luminoso na província de Huallaga até o último mês de fevereiro, quando foi capturado ferido pelas forças de segurança.

A Procuradoria atribui a "Artemio" 500 atos terroristas em Huallaga, assim como o assassinato de 60 policiais, um procurador e um número indeterminado de civis.

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