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Peru anuncia prisão de 24 pessoas ligadas ao terrorismo

Foram presos os principais dirigentes do Movimento por Anistia e Direitos Fundamentais (Movadef), um grupo que defende as ações do Sendero Luminoso


	O presidente do Peru, Ollanta Humala: 300 policiais e militares participaram da operação, além de 47 promotores, procuradores e advogados do Ministério do Interior
 (AFP)

O presidente do Peru, Ollanta Humala: 300 policiais e militares participaram da operação, além de 47 promotores, procuradores e advogados do Ministério do Interior (AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2014 às 06h31.

Lima - O presidente do Peru, Ollanta Humala, anunciou que uma operação policial permitiu nesta quarta-feira a detenção de 24 pessoas supostamente vinculadas ao grupo terrorista Sendero Luminoso.

Em entrevista à emissora "RPP Noticias" no Canadá, onde está em visita oficial, Humala afirmou que foram presos os principais dirigentes do Movimento por Anistia e Direitos Fundamentais (Movadef), um grupo que defende as ações do Sendero Luminoso e tentou várias vezes ingressar na política ativa.

Uma informação oficial anterior indicava que os detidos eram 23, mas o Ministério do Interior detalhou nesta quarta-feira pela noite que o número subiu para 24.

Humala confirmou que entre os principais detidos estão os advogados Alfredo Crespo, defensor do fundador do Sendero Luminoso, Abimael Guzmán, e Manuel Fajardo, também defensor de Guzmán e fundador do Movadef.

A imprensa local também informou que entre os detidos está o músico Walter Humala, um conhecido intérprete de música andina que é primo do presidente.

O chefe de Estado disse que ainda não podia dar detalhes sobre essa informação, mas ressaltou que "evidentemente no Peru ninguém tem coroa".

"Se há pessoas que têm relação com estes crimes, seja qual for seu sobrenome, serão capturados", enfatizou.

O governante explicou que os presos são acusados como supostos autores de crimes de terrorismo e financiamento do mesmo através do narcotráfico.


Acrescentou que 300 policiais e militares participaram da operação, além de 47 promotores, procuradores e advogados do Ministério do Interior.

"A operação é produto de um trabalho de mais de dois anos nos quais a Polícia Nacional do Peru realizou uma investigação que permitiu reunir indícios e evidências da suposta responsabilidade de diversos membros do Movadef nos crimes antes mencionados", afirmou.

Humala também disse que a operação incluiu uma revista nas celas dos integrantes do Sendero Luminoso que estão na penitenciária da Base Naval del Callao, inclusive Abimael Guzmán, e na prisão feminina de Ancón, ambas em Lima.

"O pessoal de inteligência continua trabalhando neste momento, por isso não posso oferecer maiores detalhes", disse o líder antes de anunciar que amanhã será oferecida uma entrevista coletiva com os detalhes da operação.

Segundo a emissora local "América Televisión", a operação foi realizada depois que quatro colaboradores declararam que Crespo tinha recebido 120 mil sóis (US$ 42,8 mil) do líder do Sendero Luminoso, Florindo Flores Hala, conhecido como "Artemio", capturado em fevereiro de 2012 e sentenciado à prisão perpétua no ano passado, com o objetivo de "fortalecer" o Movadef.

Os presos foram conduzidos ao local da Direção Contra o Terrorismo (Dircote), no centro histórico de Lima, enquanto o ministro do Interior, Walter Albán, mantém o presidente informado sobre a operação.

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