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Pequim anuncia plano de direitos humanos "conforme teoria chinesa"

País quer que sua visão sobre os direitos individuais seja "compreendida por uma maior parte da comunidade internacional"

A China foi alvo de críticas nos últimos meses por fatos como a prisão de intelectuais, advogados e artistas - caso de Ai Weiwei, detido durante 80 dias sem acusação formal (Miguel Villagran/Getty Images)

A China foi alvo de críticas nos últimos meses por fatos como a prisão de intelectuais, advogados e artistas - caso de Ai Weiwei, detido durante 80 dias sem acusação formal (Miguel Villagran/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2011 às 06h58.

Pequim - A China trabalha na criação de um programa nacional para o desenvolvimento dos direitos humanos "conforme a teoria chinesa" para o período 2012-2015, afirmou o ministro do Escritório de Informações do país asiático, Wang Chen.

Segundo as declarações de Wang, publicadas nesta sexta-feira pelo jornal oficial China Daily, todos os objetivos assumidos no primeiro plano, concluído em 2010, "foram cumpridos", por isso, agora "é necessário criar um novo plano que desenvolva a teoria chinesa dos direitos humanos".

O novo programa abordará esta matéria em campos como trabalho, previdência social, saúde e educação. Ele será elaborado por 70 especialistas em direitos humanos, todos eles chineses e selecionados pelo Governo.

Wang destaca que este programa visa fazer com que a teoria chinesa "seja compreendida por uma maior parte da comunidade internacional", já que, "apesar do progresso monumental feito pela China nesta matéria, ainda há alguns que criticam a situação dos direitos humanos sem base nos fatos".

Apesar das afirmações de Wang, a China foi alvo de inúmeras críticas nos últimos meses por fatos como a prisão de intelectuais, advogados e artistas - caso de Ai Weiwei, detido durante 80 dias sem acusação formal, e do Prêmio Nobel da Paz Liu Xiaobo, acusado de subversão em 2009 e condenado a 11 anos de prisão.

Além disso, há acusações sobre os episódios de violência vividos na China contra algumas das minorias no país - caso dos uigures, tibetanos e mongóis - e a falta de transparência de Pequim no que diz respeito a prisões e execuções.

Essas críticas vieram não só de organizações de defesa dos direitos humanos, como Anistia Internacional e Human Rights Watch, mas de países como Estados Unidos, Austrália e nações da União Europeia.

Wang pediu que a imprensa favoreça "a comunicação e a informação sobre o trabalho que se realiza na China", para, assim, "contribuir à causa dos direitos humanos no mundo".

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