Pentágono reconhece "pausa operacional" na Síria
EUA reconheceram que parte dos combatentes curdos aliados provocou uma "pausa" nas operações contra o grupo jihadista
AFP
Publicado em 6 de março de 2018 às 10h12.
Última atualização em 6 de março de 2018 às 10h17.
A partida de parte dos combatentes curdos aliados dos Estados Unidos na Síria para o enclave de Afrin, alvo de uma ofensiva da Turquia, provocou uma "pausa" nas operações contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), reconheceu o Pentágono nesta segunda-feira.
A aliança curdo-árabe das Forças Democráticas da Síria (FDS) se enfraqueceu em razão das operações turcas contra a região de Afrin e a decisão de numerosos combatentes da facção curda - as Unidades de Proteção do Povo (YPG) - de priorizar a luta contra a Turquia sobre o combate ao EI.
O território controlado pelo EI no leste da Síria foi quase totalmente recuperado, mas alguns combatentes do Estado Islâmico permanecem no Vale do Eufrates, na região da fronteira com o Iraque.
"As pausas operacionais ocorrem regularmente por diversas razões", declarou o coronel Rob Manning, porta-voz do departamento de Defesa.
"A natureza da nossa missão na Síria não mudou. Esta pausa operacional não nos desviará do nosso objetivo principal, o EI".
O chefe do Comando Central dos Estados Unidos (Centcom), general Joe Votel, advertiu ao Congresso na semana passada que Washington e Ancara têm "interesses divergentes" na região. "Nossa preocupação é, logicamente, que esta atividade em Afrin nos desvie dos nossos esforços contra o EI".
A Turquia lançou em 20 de janeiro uma ofensiva aérea e terrestre para tomar Afrin das YPG, que consideram um grupo "terrorista" e uma ameaça a seu território.