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Pentágono assume culpa por envio de antraz à Coreia do Sul

O secretário-adjunto de Defesa, Bob Work, garantiu que a investigação do caso ensinou "lições" ao órgão e identificou os "erros institucionais "


	Em Seul, o governo da Coreia do Sul anunciou que averiguará o envio de antraz ativo ao país e também garantiu que tomará medidas para que incidentes similares não se repitam
 (AFP)

Em Seul, o governo da Coreia do Sul anunciou que averiguará o envio de antraz ativo ao país e também garantiu que tomará medidas para que incidentes similares não se repitam (AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2015 às 07h36.

Washington/Seul - O Departamento de Defesa dos Estados Unidos publicou os resultados da investigação interna aberta depois que vários laboratórios do país e do exterior recebessem por erro mostras de antraz ativo, assumiu a culpa pelo ocorrido e classificou o incidente como um "erro institucional em massa".

O secretário-adjunto de Defesa, Bob Work, garantiu que a investigação do caso ensinou "lições" ao órgão e identificou os "erros institucionais e de procedimento que devem ser corrigidos com urgência".

"O Departamento de Defesa assume toda a responsabilidade por esses erros. Já estamos implementando mudanças e recomendando procedimentos, processos e protocolos para que um equívoco na segurança desse tipo não volte a ocorrer", indicou.

Em Seul, o governo da Coreia do Sul anunciou que averiguará o envio de antraz ativo ao país e também garantiu que tomará medidas para que incidentes similares não se repitam.

"O governo conduzirá uma investigação profunda dos fatos com um grupo de trabalho conjunto com os EUA para dissipar qualquer suspeita", disse à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul.

Os alarmes foram acionados no último dia 27 de maio, quando se descobriu que o Pentágono tinha enviado por erro mostras vivas de antraz a laboratórios do Exército em nove estados e um na Coreia do Sul.

A lista de estados e países que receberam o vírus de forma equivocada aumentou nas semanas seguintes.

O Departamento de Defesa confirmou que 86 laboratórios de 26 estados, Japão, Reino Unido, Austrália, Canadá, Itália, Alemanha, além da Coreia do Sul, receberam a substância.

Porém, alguns desses locais repassaram as mostras e, com isso, 183 centros acabaram tendo contato com o vírus. 

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