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Pedágios na Venezuela sobem e superam valor do salário mínimo

Taxas chegam a custar 100 bolívares para carros e 1.900 bolívares para carretas

Carros e pedestres circulam em via de Caracas, no sábado, 29 de novembro (Ronald Peña/EFE)

Carros e pedestres circulam em via de Caracas, no sábado, 29 de novembro (Ronald Peña/EFE)

Publicado em 1 de dezembro de 2025 às 15h30.

As taxas de pedágio na Venezuela tiveram alta de preços nesta segunda-feira, 1º de dezembro. Com isso, a taxa cobrada para os carros de passeio será de 100 bolívares (R$ 2,18, na cotação de hoje).

A taxa, válida em rodovias de todo o país, se aproxima do valor do salário mínimo, atualmente em 130 bolívares (R$ 2,84).

Para ônibus, a taxa é de 110 bolívares (R$ 2,40). Caminhões pagam mais caro, de acordo com a carga. Os mais leves são cobrados em 950 bolívares (R$ 20,72). Já a taxa para uma carreta de seis eixos é de 1.900 bolívares (R$ 41,44).

Salário mínimo baixo

O salário mínimo na Venezuela está fixado em 130 bolívares desde 2022. No entanto, o bolívar perdeu valor frente ao dólar e outras moedas desde então. Com isso, o salário também perdeu poder de compra no país.

O valor do salário mínimo é usado como referência para aposentadorias e outros benefícios sociais.

Além disso, desde 2024, a Venezuela também tem um "renda mínima", atualmente de 160 dólares mensais (R$ 855), paga como benefício para várias categorias de trabalhadores e não entra nos cálculos de rescisão, férias ou 13º salário, que seguem como referência o salário regular.

O bolívar venezuelano perdeu 8,8% do seu valor em relação ao dólar americano em novembro, que na sexta-feira, 28, último dia útil do mês, estava cotado a 245,66 bolívares no mercado cambial oficial.

Embora a moeda venezuelana tenha se recuperado nas transações comerciais, o dólar permanece como principal indicador de preços, apesar de o euro também ter sido utilizado como referência para a precificação de bens e serviços em alguns estabelecimentos neste ano.

Segundo especialistas, a valorização das moedas estrangeiras resulta em preços mais altos, além de uma perda do poder de compra dos trabalhadores, especialmente daqueles que recebem em bolívares.

Nos últimos meses, a Venezuela tem vivenciado tensões crescentes com os Estados Unidos devido à presença militar americana no Mar do Caribe, próximo às águas territoriais do país sul-americano. Essa situação foi agravada pela crise no transporte aéreo, com o cancelamento de inúmeros voos nos últimos dias.

Com EFE. 

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