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Pausa humanitária de Israel é inútil, diz Hamas

Hamas qualificou a trégua humanitária de quatro horas iniciada por Israel de inútil porque não abrange todo o território de Gaza


	Bandeiras do Hamas: "é uma manobra para os meios de comunicação", diz porta-voz
 (©AFP / Hazem Bader)

Bandeiras do Hamas: "é uma manobra para os meios de comunicação", diz porta-voz (©AFP / Hazem Bader)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2014 às 13h23.

Gaza - O Hamas qualificou nesta quarta-feira a trégua humanitária de quatro horas iniciada por Israel de "inútil" porque não abrange todo o território de Gaza, enquanto fontes médicas denunciaram a morte de pelo menos cinco pessoas desde seu início.

"A proposta israelense de uma trégua de quatro horas é inútil porque não inclui "pontos quentes" da fronteira com Gaza. É uma manobra para os meios de comunicação", opinou o porta-voz do Hamas no enclave, Sami Abu Zuhri, em comunicado de imprensa.

Anteriormente, em uma breve nota divulgada pelo Exército israelense, foi informado sobre a "autorização de uma janela temporária na Faixa de Gaza" entre as 15h e as 19h (9h-13h, em Brasília).

No entanto, de acordo com o documento, a cessação do fogo israelense de caráter humanitário não se aplicaria "nas áreas onde os soldados do Exército estão operando atualmente".

Enquanto isso, o braço armado do Hamas, as "Brigadas de Ezedin al-Qassam", reivindicaram a autoria de vários ataques contra tropas israelenses apostadas na linha fronteiriça com Israel ao norte, leste e sul de Gaza.

Desde do início da pausa, que uma porta-voz do Exército insistiu à Agência Efe "que de modo algum é um cessar-fogo", fontes médica de Gaza denunciaram que pelo menos cinco pessoas morreram em ataques terrestres e aéreos israelenses.

O porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, Ashraf Al Qedra, assegurou que quatro palestinos morreram, enquanto outros ficaram feridos por disparos de artilharia no norte de Gaza.

Al Qedra acrescentou que uma quinta pessoa morreu e outras cinco foram feridas em um bombardeio sobre a cidade de Abasan, ao leste da cidade sulina de Khan Yunes.

Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, 76 pessoas morreram na Faixa durante a jornada, elevando o número de vítimas desde o início da campanha israelense a 1.306 e a mais de sete mil os feridos.

Além disso, milícias palestinas dispararam pelo menos 40 foguetes e bombas contra solo israelense nesta quarta-feira, grande parte dos quais dirigidos contra localidades próximas à Gaza e às cidades de Ashkelon e Ashdod, que não provocaram vítimas, informou o "Canal 10" da televisão israelense.

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