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Passagem de ciclone Idai já deixa mais de 800 mortos no sudeste da África

Mais de 110 mil casas, 3,3 mil salas de aula de colégios e 54 centros médicos foram danificados pelo fenômeno meteorológico

Ciclone Idai, que atingiu parte do sudeste da África entre 14 e 15 de março, já deixou mais de 800 mortos em três países (Denis Onyodi/Red Cross Red Crescent Climate Centre/Reuters)

Ciclone Idai, que atingiu parte do sudeste da África entre 14 e 15 de março, já deixou mais de 800 mortos em três países (Denis Onyodi/Red Cross Red Crescent Climate Centre/Reuters)

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EFE

Publicado em 2 de abril de 2019 às 09h38.

Última atualização em 2 de abril de 2019 às 09h38.

Maputo — O ciclone Idai, que atingiu parte do sudeste da África entre 14 e 15 de março, já deixou mais de 800 mortos em três países, com Moçambique como principal afetado com quase 600 vítimas mortais, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira.

As autoridades moçambicanas e as equipes de resgate recuperaram 80 novos corpos no centro de Moçambique, a zona mais afetada por Idai, o que eleva o número de mortos para 598 no país, segundo indicou o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGC).

Somados os 181 mortos que Idai deixou no Zimbábue e os 59 no Malawi (de acordo com dados da ONU), o balanço total de vítimas mortais após a passagem deste ciclone tropical pelo sudeste da África chega a 833.

Além dos trabalhos de assistência para facilitar comida e abrigo às mais de 950 mil pessoas afetadas nas províncias moçambicanas de Sofala, Manica, Zambézia e Tete, as autoridades tem que lidar com doenças como o cólera, que já teve 1.304 casos confirmados até o momento, dos quais 949 já receberam alta, e um morto.

"Desde 27 de março e até 31, registramos na cidade de Beira (uma das principais afetadas), 959 internações, com 870 altas e um morto. No distrito de Nhamatanda registramos nesse mesmo período 87 internações, 79 altas e nenhum morto", informou o diretor nacional de Assistência Médica de Moçambique, Ussene Isse, em declarações aos veículos de imprensa.

Isse avaliou como "positiva" a resposta dos profissionais da saúde durante a primeira semana de tratamento. "Nossa capacidade de tratamento dos casos é de 90%", disse em entrevista coletiva em Beira, a capital de Sofala.

No entanto, ainda não há informação de outras zonas, como a vizinha Búzi, uma cidade que esteve submersa durante quase uma semana.

Mais de 110 mil casas, 3,3 mil salas de aula de colégios e 54 centros médicos foram danificados por este fenômeno meteorológico, que tocou terra perto de Beira em 014 de março e no dia seguinte se deslocou para o Zimbábue.

Antes de se transformar em ciclone tropical no canal que separa Moçambique de Madagascar, Idai era uma tempestade tropical que causou graves danos e dezenas de mortos no Malawi e Moçambique.

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