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Partido islamita aceita formação de governo na Tunísia

O partido islamita Ennahda anunciou que renuncia a controlar ministérios chaves para confiá-los a personalidades independentes


	Rashed Ghannushi, líder do partido governante Ennahda, após reunião com o presidente tunisiano: o novo governo pode ser anunciado no fim da semana
 (Fethi Belaid/AFP)

Rashed Ghannushi, líder do partido governante Ennahda, após reunião com o presidente tunisiano: o novo governo pode ser anunciado no fim da semana (Fethi Belaid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 13h45.

Túnis - O partido islamita Ennahda anunciou nesta quarta-feira que renuncia a controlar ministérios chaves como Interior, Justiça e Relações Exteriores, para confiá-los a personalidades independentes, o que abre o caminho para a formação de um novo governo, o que pode tirar o país da atual crise política.

"Confirmamos a neutralização dos quatro ministérios soberanos, incluindo o ministério do Interior, que estará nas mãos de uma personalidade alheia a partidos políticos", declarou o líder do partido governante Ennahda, Rashed Ghannushi.

Ele disse que o novo governo pode ser anunciado no fim da semana.

Atualmente, o Ennahda comanda os ministérios do Interior, Justiça e Relações Exteriores. O quarto, a pasta da Defesa, já é administrado por um independente, Abdelkarim Zbidi.

O partido islamita cede assim a uma reivindicação manifestada por quase toda a oposição e seus aliados laicos do governo.

De acordo com Ghannushi, o novo gabinete será integrado por "cinco ou seis partidos", e não três, como atualmente.

O atual ministro do Interior, o islamita Ali Larayedh, recebeu a missão na semana passada de formar um novo governo, depois da renúncia de Hamadi Jebali, forçada pela oposição do Ennahda à formação de um gabinete tecnocrático.

Jebali havia feito a proposta para retirar o país da crise política aberta com o assassinato do opositor anti-islamita Chokri Belaid em 6 de fevereiro.

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