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Partido de opositora de Netanyahu não concorrerá às eleições em Israel

A deputada Tzipi Livni também anunciou sua aposentadoria política após 20 anos como parlamentar

A deputada e líder centrista israelense, Tzipi Livni (Ammar Awad/Reuters)

A deputada e líder centrista israelense, Tzipi Livni (Ammar Awad/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de fevereiro de 2019 às 12h47.

Jerusalém — A deputada e veterana líder centrista israelense Tzipi Livni anunciou nesta segunda-feira sua saída da primeira linha política de Israel após 20 anos como parlamentar e que o partido que lidera, Hatnuah, não concorrerá às próximas eleições gerais de abril, informou o site "Ynet".

Livni, antiga chefe das negociações com os palestinos e ex-ministra de Relações Exteriores e Justiça, tomou esta decisão para evitar que o bloco de centro-esquerda israelense perca apoios no pleito, declarou em entrevista coletiva.

"Tenho a força interna para continuar lutando pelo o que acredito, mas careço da força política para implementar minha ideologia. Nunca me perdoarei se os votos creditados a mim forem desperdiçados", explicou Livni, segundo as declarações coletadas pelo "Ynet".

Antes de anunciar sua retirada, Livni tentou estabelecer alianças com partidos como Resiliência para Israel, liderado pelo ex-chefe do Estado Maior do Exército israelense Beni Gantz, bem situado nas pesquisas, mas este rejeitou a união.

Também tratou de estabelecer vínculos com o ex-jornalista e líder centrista Yair Lapid, à frente do partido opositor Yesh Atid (Há Futuro), outra opção que finalmente foi descartada.

As recentes pesquisas indicam que a formação centrista não obteria suficiente apoio para atingir a porcentagem de 3,25% de votos que marcam o mínimo requerido para conseguir cadeira no Parlamento israelense (Knesset). Diante desta situação, Livni decidiu não concorrer ao pleito para evitar que a centro-esquerda perca representação.

Livni foi chefe da oposição no Knesset até janeiro de 2019, quando o líder do Partido Trabalhista de Israel, Avi Gabai, anunciou a separação da coalizão União Sionista, rompendo com a principal plataforma opositora que era integrada ao lado do Hatnuah e que era liderada pela veterana parlamentar.

Esta era partidária da via de dois Estados como solução para o conflito palestino-israelense, um assunto que por enquanto ficou em segundo plano no debate eleitoral de Israel.

Segundo um analista do "Ynet", Elior Levy, a saída de Livni representa "um reflexo" da pobre "política israelense".

A centrista, "além de Benjamin Netanyahu, é a figura mais experimentada e madura" para a "posição de primeiro-ministro", considera o especialista, que assegura que "a falta de interesse" do público israelense no partido "é um reflexo perfeito de sua falta de interesse no assunto palestino".

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