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Parlamento israelense aprova submeter paz a referendo

A proposta, que recebeu o apoio de 66 deputados e 45 votos contrários, precisa ainda ser analisada por um comitê parlamentar e uma segunda e terceira leituras

Membros do parlamento israelense com bandeiras do Israel e Palestina ao fundo: a oposição considera a iniciativa uma manobra para manter a ocupação e diz que o Parlamento tem legitimidade para votar um eventual acordo de paz. ( REUTERS/Baz Ratner)

Membros do parlamento israelense com bandeiras do Israel e Palestina ao fundo: a oposição considera a iniciativa uma manobra para manter a ocupação e diz que o Parlamento tem legitimidade para votar um eventual acordo de paz. ( REUTERS/Baz Ratner)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2013 às 08h22.

Jerusalém - O Parlamento de Israel aprovou nesta quinta-feira em primeira leitura, após um longo debate, submeter a referendo um eventual acordo de paz que implique uma troca do território reconhecido ou anexado do país.

A proposta, que recebeu o apoio de 66 deputados e 45 votos contrários, precisa ainda ser analisada por um comitê parlamentar e uma segunda e terceira leituras.

A consulta, votada em pleno reinício das negociações de paz com os palestinos nesta semana em Washington, só se efetuaria em caso de uma troca do que Israel considera seu território, ou seja, o que é reconhecido pela comunidade internacional mais as Colinas de Golã e Jerusalém Oriental.

Israel ocupou estes dois últimos territórios na Guerra dos Seis Dias, em 1967, anexou o leste de Jerusalém em 1980 e estendeu sua jurisdição legal ao Golã um ano depois.

Não seria necessário convocar uma consulta em caso de retirada da nunca anexada Cisjordânia, segundo o texto da proposta, apoiada pelo centro e a direita, e rejeitada pela esquerda, os partidos árabes e a formação ultra-ortodoxa asquenazi Judaísmo Unido da Torá.

A oposição considera a iniciativa uma manobra para manter a ocupação e diz que o Parlamento tem legitimidade para votar um eventual acordo de paz.

A proposta foi apresentada como emenda à Lei Básica, de modo que a Suprema Corte não pode derrubá-la.

Um dos principais parceiros da coalizão governamental, Habait Hayehudi, que representa o movimento colonizador, tinha ameaçado bloquear o orçamento geral se a obrigação do referendo não fosse aprovada. 

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