Mundo

Parlamento Europeu aprova nova política para imigrantes

A parte mais questionada é o envio de solicitantes de asilo para países fora da UE

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 11 de abril de 2024 às 11h20.

O Parlamento da União Europeia aprovou nesta quarta-feira uma reforma política de asilo que endurece o controle nas fronteiras e força os 27 membros do bloco a compartilharem responsabilidades. Os grupos políticos mais importantes do Parlamento superaram a oposição de partidos de extrema direita e esquerda e aprovaram a nova lei após dez anos de negociação.

As novas medidas entrarão em vigor em 2026 após a Comissão Europeia, o braço executivo do bloco, definir como elas serão implementadas. 

A comissária de assuntos internos da UE, Ylva Johansson, disse que o bloco será capaz de proteger melhor suas fronteiras, "os vulneráveis e os refugiados, devolver rapidamente os que não têm direito de ficar” e distribuir a responsabilidade entre os países-membros.

Nem todos gostaram da nova resolução. Fora do Parlamento, em Bruxelas, ativistas, ONGs de defesa dos imigrantes e organizações de caridade protestaram contra a reforma, considerada uma traição aos valores da UE.

Para esquerdistas radicais, a lei – que inclui a construção de centros de refugiados nas fronteiras e envio de imigrantes para nações de fora da UE – são incompatíveis com os direitos humanos.

Já os representantes ultraconservadores eclamaram que a reforma não foi dura suficiente para bloquear o acesso de imigrantes ilegais, acusados de espalhar insegurança e ameaçar a "identidade europeia".

As novas regras exigem que os países da UE recebam milhares de solicitantes de asilo de Estados fronteiriços, como Itália e Grécia, ou enviem dinheiro para nações sob pressão. Cada imigrante custaria € 20 mil, segundo a proposta.

A parte mais questionada é o envio de solicitantes de asilo para países fora da UE. O bloco pode expulsar os imigrantes apenas para países considerados “seguros” – o que evitaria ter de deportá-los ao país de origem, onde provavelmente seriam perseguidos.

Acompanhe tudo sobre:ImigraçãoUnião Europeia

Mais de Mundo

Após ser atingido por ciclones e terremotos em um mês, Cuba recebe ajuda internacional

Bruxelas diz que negociação com Mercosul está progredindo, mas não dá prazo para conclusão

EUA criticam mandados de prisão da Corte de Haia contra Netanyahu e ex-ministro

Em autobiografia, Angela Merkel descreve Trump como alguém 'fascinado' por autocratas