Brexit: o ministro britânico afirmou que haveria pouco tempo para organizar um novo refendo até a data limite do Brexit (Robin Pope/Getty Images)
Reuters
Publicado em 12 de abril de 2019 às 12h38.
Washington — O ministro das Finanças do Reino Unido, Philip Hammond, disse nesta sexta-feira que é muito provável que a ideia de um segundo referendo sobre a separação britânica da União Europeia volte a ser apresentada ao Parlamento em algum momento, mas que o governo continua se opondo a qualquer novo plebiscito.
Hammond disse que haveria pouco tempo para realizar um novo referendo antes de 31 de outubro, data para a saída do país do bloco.
"É uma proposta que pode e, ao que tudo indica, muito provavelmente será apresentada ao Parlamento em algum momento", disse Hammond a repórteres em Washington, onde participa de reuniões no Fundo Monetário Internacional (FMI).
A ideia de um novo referendo foi uma das várias alternativas ao acordo da primeira-ministra britânica, Theresa May, submetidas aos parlamentares no último mês e que não conseguiram obter maioria no Parlamento.
Hammond disse que o governo May mantém sua oposição a uma nova consulta popular.
"A posição do governo não mudou. O governo se opõe a um referendo confirmatório, e portanto não o apoiaria".
Mas muitos parlamentares do opositor Partido Trabalhista estão pressionando seu líder, Jeremy Corbyn, a incluir um novo referendo em suas exigências nas conversas com o governo para como romper o impasse do Brexit no Parlamento.
Hammond disse acreditar que o governo e os trabalhistas chegarão a um acordo nos próximos dois meses.
Ele disse que provavelmente levaria seis meses para organizar qualquer novo referendo, o que significa que haveria pouco tempo antes da nova data de saída de 31 de outubro acordada por líderes da UE nesta semana.