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Paraguai: Lugo não vai às cúpulas do Mercosul e Unasul

Segundo porta-voz do ex-presidente, Lugo não quer influenciar nas decisões tomadas nas cúpulas

Lugo: a Constituição paraguaia e a legislação penal preveem sanções para pessoas que invocam falsamente a representação do governo (Norberto Duarte/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2012 às 07h36.

Assunção - O presidente destituído do Paraguai , Fernando Lugo, não irá às cúpulas do Mercosul e da Unasul, previstas para a partir desta quinta-feira, na cidade argentina de Mendoza, informou um porta-voz do dirigente à AFP.

"O presidente não quer pesar nas decisões que tomarão os presidentes que participarão da reunião", revelou Rubén Penayo, porta-voz de Lugo.

Lugo enviará à cúpula o ex-chanceler Jorge Lara Castro, que terá a missão de relatar o ponto de vista do presidente deposto em um processo de impeachment relâmpago, na sexta-feira passada.

Os presidentes do Mercosul e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) poderão sancionar o Paraguai pela destituição de Lugo e a nomeação do vice-presidente, Federico Franco, como chefe de governo até o final do atual mandato, em 15 de agosto de 2013.

José Félix Fernández Estigarribia, chanceler do novo governo paraguaio, advertiu no domingo sobre o equívoco que seria se Lugo "assumisse responsabilidades que já não lhe cabem". "Se o fizer, ficará exposto ao ordenamento legal da República".

A Constituição paraguaia e a legislação penal preveem sanções para pessoas que invocam falsamente a representação do governo.

O embaixador paraguaio na OEA, Bernardino Saguier, disse nesta terça-feira na assembleia extraordinária da organização, em Washington, que os sócios do Paraguai no Mercosul - Brasil, Argentina e Uruguai - desejam isolar seu país.

"Se querem formar outra Tríplice Aliança, façam isto, não será a primeira vez", desafiou Saguier ao lembrar a "Guerra do Paraguai".

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Os presidentes do Mercosul e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) poderão sancionar o Paraguai pela destituição de Lugo e a nomeação do vice-presidente, Federico Franco, como chefe de governo até o final do atual mandato, em 15 de agosto de 2013.

José Félix Fernández Estigarribia, chanceler do novo governo paraguaio, advertiu no domingo sobre o equívoco que seria se Lugo "assumisse responsabilidades que já não lhe cabem". "Se o fizer, ficará exposto ao ordenamento legal da República".

A Constituição paraguaia e a legislação penal preveem sanções para pessoas que invocam falsamente a representação do governo.

O embaixador paraguaio na OEA, Bernardino Saguier, disse nesta terça-feira na assembleia extraordinária da organização, em Washington, que os sócios do Paraguai no Mercosul - Brasil, Argentina e Uruguai - desejam isolar seu país.

"Se querem formar outra Tríplice Aliança, façam isto, não será a primeira vez", desafiou Saguier ao lembrar a "Guerra do Paraguai".

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