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Para HRW, ter Raúl Castro como presidente da Celac é um erro

"Cuba é um regime totalitário que nega o exercício das liberdades públicas, da democracia e dos direitos fundamentais", disse José Miguel Vivanco


	Raúl Castro: a HRW afirmou que Cuba "continua sendo o único país da América Latina onde se reprimem quase todas as formas de dissidência política".
 (AFP/Omara Garcia Mederos)

Raúl Castro: a HRW afirmou que Cuba "continua sendo o único país da América Latina onde se reprimem quase todas as formas de dissidência política". (AFP/Omara Garcia Mederos)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 16h39.

Washington - A organização humanitária Human Rights Watch (HRW) disse nesta quinta-feira em Washington que é "um grave erro" a escolha do governante cubano, Raúl Castro, como presidente temporário da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), pois Cuba é um "regime totalitário".

"Realmente nos parece um fato lamentável, um grave erro porque esta região foi se caracterizando nestes foros por condicionar a participação a países que cumpram com certos preceitos em matéria de liberdade pública", disse em entrevista coletiva o diretor para as Américas da HRW, José Miguel Vivanco.

"Cuba é um regime totalitário que nega o exercício das liberdades públicas, da democracia e dos direitos fundamentais. É uma lástima que os Estados da América Latina distingam Cuba e seu atual líder, o senhor Castro, com uma responsabilidade de representação regional", acrescentou Vivanco.

O diretor fez as declarações durante a apresentação do relatório anual de 2013 da organização sobre os direitos humanos no mundo.

No documento de 75 páginas sobre a América Latina e o Caribe, a HRW afirmou que Cuba "continua sendo o único país da América Latina onde se reprimem quase todas as formas de dissidência política" e em 2012 o governo da ilha continuou recorrendo a "detenções arbitrárias, restrições de viagem e exílio forçado".

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