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Papa pede mediação para tensão entre EUA e Coreia do Norte

Ele expressou preocupação com escalada de tensões e disse que acreditar que boa parte da humanidade poderia ser destruída em guerra generalizada

Papa Francisco (Chris Jackson/Getty Images)

Papa Francisco (Chris Jackson/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 1 de maio de 2017 às 12h34.

O Papa Francisco defendeu que o acirramento das tensões entre Estados Unidos e Coreia do Norte deve ser resolvido pela via diplomática, e que para isso, a mediação é um caminho válido.

Ele falou sobre o conflito entre Pyongyang e Washington durante uma conversa com jornalistas, que o acompanharam na viagem aérea de regresso do Cairo, no Egito, para o Vaticano, no último sábado, (29).

Francisco sugeriu um país já com experiência em mediação e conciliação, como a Noruega, para tentar esfriar a situação na região da Península Coreana.

Ele expressou sua preocupação com a escalada de tensões e disse que acreditar que boa parte da humanidade poderia ser destruída em qualquer guerra generalizada.

O Pontífice disse que está pronto para receber o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que no mês que vem deverá visitar a Europa.

Segundo ele, ainda não há informação de que Washington tenha feito um pedido formal para um encontro, mas Francisco disse que está disponível para se reunir com Trump.

Trump estará na Sicília entre os dias 26 e 27 de maio, para uma reunião dos Chefes de Estado do G7, o bloco dos países mais ricos do mundo, mas a Casa Branca ainda não confirmou se o presidente norte-americano visitará o Papa em Roma. Em geral os presidentes vão até o Vaticano, quando visitam à Itália.

Na conversa com jornalistas de diversas agências, o Papa disse que o fracasso na negociação com Pyongyang e a continuidade dos testes com misseis nucleares no país, poderia levar o mundo a consequências catastróficas.

Ele sugeriu a Noruega porque o país tem vasta experiência em mediação de conflitos, tendo participado de negociações secretas entre Israel e Palestina nos anos de 1990, e recentemente fez parte da mesa de negociações entre o governo da Colômbia e as Forças Revolucionárias da Colômbia (FARC), que firmaram um acordo de paz no ano passado, depois de meio século de conflito armado.

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