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Papa pede a líderes árabes que trabalhem pela paz

Papa fez pedido em missa no Líbano e, segundo a Reuters, ele estava enfurecido por causa de um filme que zombava do profeta muçulmano Maomé

Bento XVI: "Faço um apelo aos países árabes que, como irmãos, possam propor soluções viáveis respeitando a dignidade, os direitos e a religião de cada pessoa humana" (Filippo Monteforte/AFP)
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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2012 às 14h18.

Beirute - O papa Bento 16 pediu aos líderes árabes neste domingo, em uma missa a céu aberto no Líbano, que trabalhem pela reconciliação em um Oriente Médio dividido pela guerra civil na Síria e enfurecido por causa de um filme que zombava do profeta muçulmano Maomé.

"Que Deus conceda a seu país, à Síria e ao Oriente Médio o dom de corações tranquilos, o silêncio das armas e o fim de toda a violência", disse o papa em uma oração depois da missa, que, segundo os organizadores, recebeu 350.000 pessoas.

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Ativistas dizem que mais de 27.000 pessoas foram mortas no levante de 18 meses de maioria sunita da Síria contra o presidente Bashar al-Assad.

Poucos cristãos, que formam 10 por cento da população da Síria, integraram o levante, temendo que isso possa trazer muçulmanos hostis ao poder em uma luta a apenas 50 km a leste da missa de Bento 16 em Beirute.

Dirigindo-se aos fiéis em frente ao Mar Mediterrâneo, perto da linha de fronteira da guerra civil do Líbano de 1975-1990, o papa disse que o povo libanês "conhecia bem demais a tragédia do conflito e... os gritos das viúvas e dos órfãos".

"Faço um apelo aos países árabes que, como irmãos, possam propor soluções viáveis respeitando a dignidade, os direitos e a religião de cada pessoa humana", disse o pontífice de 85 anos.

A paz entre as facções beligerantes e entre os vários grupos religiosos no Oriente Médio foi um tema central de sua visita ao Líbano, junto com seu pedido para que os cristãos não deixem a região apesar da guerra e da pressão crescente de radicais islamistas.

"Em um mundo onde a violência sempre deixa para trás seu rastro sombrio de morte e destruição, servir à justiça e à paz é extremamente necessário", disse o papa.

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