Papa e Parlamento Europeu debatem sobre imigração
No encontro, puderam conversar sobre principais problemas enfrentados na atualidade pela União Europeia
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2013 às 11h48.
Cidade do Vaticano - O papa Francisco recebeu nesta sexta-feira em audiência o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, para discutir diferentes assuntos atuais relacionados à União Europeia , especialmente a imigração e o asilo de refugiados após a tragédia do naufrágio perto da ilha italiana de Lampedusa.
Em entrevista à imprensa após a reunião com o pontífice, Schulz confirmou o seu convite ao papa Francisco para participar hoje no Parlamento Europeu, como fez o papa João Paulo II há 25 anos.
O encontro, na biblioteca do Palácio Pontifício, durou aproximadamente meia hora e foi considerado "extraordinário" por Schulz. Nele puderam conversar sobre os principais problemas enfrentados na atualidade pela UE, "com especial atenção, como não é nenhuma surpresa", à imigração ilegal.
O presidente do Parlamento Europeu disse a Francisco que a UE está comprometida a enfrentar a questão e que não vai a deixar "a Itália nem nenhum país" só.
"Diante dessa problemática, a União Europeia deve seguir uma estratégia dupla: primeiro, garantir a proteção temporária dessas pessoas e, segundo, caminhar para melhorar a situação em seus países de origem".
Para Schulz, esse último ponto é "vital" e deve estar baseado na "cooperação e no desenvolvimento com o sul do Mediterrâneo".
O político alemão reconheceu que "não se pode enfrentar esse problema apenas com FRONTEX (órgão comunitário encarregado de proteger a fronteira exterior da UE), já que é necessária mais cooperação e mais desenvolvimento".
Segundo Schulz, a "realidade de Lampedusa" fez com que o problema seja mais visível para a opinião pública, mas que o Parlamento Europeu sempre cobrou às instituições europeias que deêm mais proteção aos refugiados.
"Isso é um assunto de regiões que vivem guerras civis, desastres naturais, fome, desespero...", lembrou.
O papa Francisco estimulou o presidente do PE para que busquem soluções, apesar do próprio Schulz reconhecer que "dentro da União Europeia há opiniões heterogêneas".
Com relação ao conflito da Síria e à estabilidade do Oriente Médio, Schulz lembrou que o Parlamento sempre apostou em uma solução através da via diplomática "até o último momento".
Schulz presenteou o papa argentino um livro de orações dominicais e outro sobre a catedral de Aachen (Alemanha).
Na sua visita, o social-democrata alemão também se reuniu com o ainda secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone, e com o secretário para as Relações com os Estados, o arcebispo Dominique Mamberti.
Schulz se reunirá também hoje com um grupo de jovens imigrantes na Comunidade de Sant"Egídio e participará de um debate público sobre a luta contra a pobreza e a marginalização, na Universidade Pontifícia.
Cidade do Vaticano - O papa Francisco recebeu nesta sexta-feira em audiência o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, para discutir diferentes assuntos atuais relacionados à União Europeia , especialmente a imigração e o asilo de refugiados após a tragédia do naufrágio perto da ilha italiana de Lampedusa.
Em entrevista à imprensa após a reunião com o pontífice, Schulz confirmou o seu convite ao papa Francisco para participar hoje no Parlamento Europeu, como fez o papa João Paulo II há 25 anos.
O encontro, na biblioteca do Palácio Pontifício, durou aproximadamente meia hora e foi considerado "extraordinário" por Schulz. Nele puderam conversar sobre os principais problemas enfrentados na atualidade pela UE, "com especial atenção, como não é nenhuma surpresa", à imigração ilegal.
O presidente do Parlamento Europeu disse a Francisco que a UE está comprometida a enfrentar a questão e que não vai a deixar "a Itália nem nenhum país" só.
"Diante dessa problemática, a União Europeia deve seguir uma estratégia dupla: primeiro, garantir a proteção temporária dessas pessoas e, segundo, caminhar para melhorar a situação em seus países de origem".
Para Schulz, esse último ponto é "vital" e deve estar baseado na "cooperação e no desenvolvimento com o sul do Mediterrâneo".
O político alemão reconheceu que "não se pode enfrentar esse problema apenas com FRONTEX (órgão comunitário encarregado de proteger a fronteira exterior da UE), já que é necessária mais cooperação e mais desenvolvimento".
Segundo Schulz, a "realidade de Lampedusa" fez com que o problema seja mais visível para a opinião pública, mas que o Parlamento Europeu sempre cobrou às instituições europeias que deêm mais proteção aos refugiados.
"Isso é um assunto de regiões que vivem guerras civis, desastres naturais, fome, desespero...", lembrou.
O papa Francisco estimulou o presidente do PE para que busquem soluções, apesar do próprio Schulz reconhecer que "dentro da União Europeia há opiniões heterogêneas".
Com relação ao conflito da Síria e à estabilidade do Oriente Médio, Schulz lembrou que o Parlamento sempre apostou em uma solução através da via diplomática "até o último momento".
Schulz presenteou o papa argentino um livro de orações dominicais e outro sobre a catedral de Aachen (Alemanha).
Na sua visita, o social-democrata alemão também se reuniu com o ainda secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone, e com o secretário para as Relações com os Estados, o arcebispo Dominique Mamberti.
Schulz se reunirá também hoje com um grupo de jovens imigrantes na Comunidade de Sant"Egídio e participará de um debate público sobre a luta contra a pobreza e a marginalização, na Universidade Pontifícia.