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Papa diz que ser cardeal é servir aos católicos

No domingo, o papa argentino anunciou a lista dos 19 novos cardeais, sendo 16 eleitores

Papa Francisco: "Desejo que possam me ajudar com eficaz fraternidade em meu serviço à Igreja universal", escreveu Francisco sobre os novos cardeais (Max Rossi/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 16h36.

Vaticano - O Papa Francisco advertiu aos primeiros 19 novos cardeais designados no domingo que receber o título cardinalício "não representa uma promoção, nem uma condecoração", em uma breve carta divulgada nesta segunda-feira pelo Vaticano.

Na carta enviada aos escolhidos, o pontífice argentino lembrou que o trabalho de todos os purpurados é "servir" à Igreja e aos católicos.

"Desejo que possam me ajudar com eficaz fraternidade em meu serviço à Igreja universal", escreveu Francisco.

Embora entenda a "alegria" dos arcebispos selecionados, os novos purpurados foram convocados para evitar qualquer ato "mundano" e manter um estilo "austero e sóbrio", que respeite o voto de pobreza - recomenda Francisco em sua carta.

No domingo, o papa argentino anunciou a lista dos 19 novos cardeais, sendo 16 eleitores.

Entre os eleitos está o arcebispo do Rio de Janeiro Dom Orani Tempesta. Além de Tempesta, há outros quatro representantes da América Latina, provenientes de Argentina, Chile, Haiti e Nicarágua, além de um não-eleitor da ilha antilhana de Santa Lúcia - que não pode participar do conclave por ter mais de 80 anos.

Eles receberão o título em 22 de fevereiro durante uma cerimônia no Vaticano.

A maioria dos eleitos soube da nomeação pela imprensa, já que o papa teria mantido a lista em segredo, sem consultá-los. O anúncio surpreendeu os eleitos e vários funcionários da Santa Sé.

Desde que assumiu o papado, em março passado, Francisco vem condenando com palavras duras "as ambições carreiristas" e a vida "mundana" de alguns eclesiásticos.

"Ele nomeou apenas quatro com cargos na Cúria Romana e, com essa decisão, rompe a dinâmica de que todo presidente de um Pontifício Conselho estava destinado a obter a púrpura. Com isso, o papa denuncia indiretamente o carreirismo na Cúria e põe um ponto final nisso", escreveu o diretor da página de Internet Religião Digital, José Manuel Vidal.

Com a nomeação de 16 cardeais eleitores, Francisco traçou um retrato do "príncipe da Igreja" do século XXI, menos teólogo e mais um pároco defensor dos pobres.

Ao designar cinco latino-americanos, três africanos e dois asiáticos, Francisco privilegiou religiosos do sul do planeta, que cumprem seu trabalho pastoral "nas periferias geográficas, humanas e espirituais".

"O catolicismo do século XXI olha para a América, a África e, especialmente, a Ásia, onde o está crescendo a passos largos", acrescentou Vidal.

A ausência de novos purpurados dos Estados Unidos não parece incomodar a Igreja desse país, que apoiou abertamente sua eleição como pontífice.

Já a italiana recebeu com surpresa, e até irritação, o fato de sedes consideradas importantes até agora, como Turim e Veneza - de onde partiram vários futuros papas -, não terem recebido o título. Para os italianos, isso era considerado um direito.

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Vaticano - O Papa Francisco advertiu aos primeiros 19 novos cardeais designados no domingo que receber o título cardinalício "não representa uma promoção, nem uma condecoração", em uma breve carta divulgada nesta segunda-feira pelo Vaticano.

Na carta enviada aos escolhidos, o pontífice argentino lembrou que o trabalho de todos os purpurados é "servir" à Igreja e aos católicos.

"Desejo que possam me ajudar com eficaz fraternidade em meu serviço à Igreja universal", escreveu Francisco.

Embora entenda a "alegria" dos arcebispos selecionados, os novos purpurados foram convocados para evitar qualquer ato "mundano" e manter um estilo "austero e sóbrio", que respeite o voto de pobreza - recomenda Francisco em sua carta.

No domingo, o papa argentino anunciou a lista dos 19 novos cardeais, sendo 16 eleitores.

Entre os eleitos está o arcebispo do Rio de Janeiro Dom Orani Tempesta. Além de Tempesta, há outros quatro representantes da América Latina, provenientes de Argentina, Chile, Haiti e Nicarágua, além de um não-eleitor da ilha antilhana de Santa Lúcia - que não pode participar do conclave por ter mais de 80 anos.

Eles receberão o título em 22 de fevereiro durante uma cerimônia no Vaticano.

A maioria dos eleitos soube da nomeação pela imprensa, já que o papa teria mantido a lista em segredo, sem consultá-los. O anúncio surpreendeu os eleitos e vários funcionários da Santa Sé.

Desde que assumiu o papado, em março passado, Francisco vem condenando com palavras duras "as ambições carreiristas" e a vida "mundana" de alguns eclesiásticos.

"Ele nomeou apenas quatro com cargos na Cúria Romana e, com essa decisão, rompe a dinâmica de que todo presidente de um Pontifício Conselho estava destinado a obter a púrpura. Com isso, o papa denuncia indiretamente o carreirismo na Cúria e põe um ponto final nisso", escreveu o diretor da página de Internet Religião Digital, José Manuel Vidal.

Com a nomeação de 16 cardeais eleitores, Francisco traçou um retrato do "príncipe da Igreja" do século XXI, menos teólogo e mais um pároco defensor dos pobres.

Ao designar cinco latino-americanos, três africanos e dois asiáticos, Francisco privilegiou religiosos do sul do planeta, que cumprem seu trabalho pastoral "nas periferias geográficas, humanas e espirituais".

"O catolicismo do século XXI olha para a América, a África e, especialmente, a Ásia, onde o está crescendo a passos largos", acrescentou Vidal.

A ausência de novos purpurados dos Estados Unidos não parece incomodar a Igreja desse país, que apoiou abertamente sua eleição como pontífice.

Já a italiana recebeu com surpresa, e até irritação, o fato de sedes consideradas importantes até agora, como Turim e Veneza - de onde partiram vários futuros papas -, não terem recebido o título. Para os italianos, isso era considerado um direito.

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