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Panama Papers serão publicados na internet

Depois que os documentos estiverem on-line, qualquer internauta consultará um banco de dados criado com milhões de documentos do escritório Mossack Fonseca

Panama Papers: depois que os documentos estiverem on-line, qualquer internauta consultará um banco de dados criado com milhões de documentos do escritório Mossack Fonseca (Wolfgang Rattay / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2016 às 13h48.

Os já famosos "Panama Papers", que alimentaram uma enxurrada de revelações sobre a evasão fiscal em nível mundial, estarão quase integralmente acessíveis ao público a partir desta segunda-feira, em nome da "transparência", mas também com a esperança de revelar mais escândalos .

Depois que os documentos estiverem on-line , qualquer internauta poderá consultar um banco de dados criado com milhões de documentos do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, nos quais aparecem o primeiro-ministro britânico David Cameron e o presidente argentino Mauricio Macri , entre outros.

"É um avanço natural para a transparência, que permitirá que a sociedade civil tenha informações básicas sobre os dados contidos nos Panama Papers", declarou o diretor do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), Gerard Ryle.

O banco de dados, que será publicado às 14H00 (15H00 de Brasília), incluirá informações sobre cerca de 200.000 empresas de fachada e nomes de pessoas.

"Na verdade, existem muitos documentos. De modo que não podemos saber tudo o que esconde", disse Ryle, que acredita que serão necessários "muitos meses" para explorar plenamente toda a documentação.

A divulgação destes documentos na internet, uma medida que Mossack Fonseca ameaça bloquear na justiça, tem dois objetivos: cumprir com o objetivo da transparência e permitir que novos escândalos sejam revelados.

"As pessoas vão encontrar nomes importantes que nos escaparam em uma primeira análise, e terão a oportunidade de entrar em contato conosco para compartilhar os dados encontrados", disse Ryle.

Na quinta-feira passada, a empresa panamenha enviou uma carta ao ICIJ na qual o convoca a desistir de publicar integralmente os "Panama Papers", porque é "um roubo de informação e uma violação ao tratado de confidencialidade entre cliente e advogado, o que nos devemos esforçar em proteger".

"Esperamos que a polêmica não nos arraste a futuras ações legais", manifestou o escritório panamenho em um comunicado.

Os "Panama Papers" são um vazamento de documentos realizado pelo ICIJ que revelou que o escritório Mossack Fonseca criou uma série de empresas offshore para personalidades de todo o mundo, o que pode ter facilitado a evasão de impostos em nível mundial.

O escândalo revelado envolveu os líderes da Argentina, Ucrânia e Rússia, mas também estrelas como o jogador Lionel Messi e o cineasta Pedro Almodóvar.

Em meados de abril, no impacto das revelações, as maiores economias do mundo reunidas no G20 comprometeram-se em elaborar uma lista negra de paraísos fiscais que não cooperam com a transparência.

Na semana passada, os Estados Unidos também anunciaram uma série de medidas para bloquear as técnicas de evasão fiscal e lavagem de dinheiro através de empresas de fachada, técnicas reveladas pelos Panama Papers.

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Os já famosos "Panama Papers", que alimentaram uma enxurrada de revelações sobre a evasão fiscal em nível mundial, estarão quase integralmente acessíveis ao público a partir desta segunda-feira, em nome da "transparência", mas também com a esperança de revelar mais escândalos .

Depois que os documentos estiverem on-line , qualquer internauta poderá consultar um banco de dados criado com milhões de documentos do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, nos quais aparecem o primeiro-ministro britânico David Cameron e o presidente argentino Mauricio Macri , entre outros.

"É um avanço natural para a transparência, que permitirá que a sociedade civil tenha informações básicas sobre os dados contidos nos Panama Papers", declarou o diretor do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), Gerard Ryle.

O banco de dados, que será publicado às 14H00 (15H00 de Brasília), incluirá informações sobre cerca de 200.000 empresas de fachada e nomes de pessoas.

"Na verdade, existem muitos documentos. De modo que não podemos saber tudo o que esconde", disse Ryle, que acredita que serão necessários "muitos meses" para explorar plenamente toda a documentação.

A divulgação destes documentos na internet, uma medida que Mossack Fonseca ameaça bloquear na justiça, tem dois objetivos: cumprir com o objetivo da transparência e permitir que novos escândalos sejam revelados.

"As pessoas vão encontrar nomes importantes que nos escaparam em uma primeira análise, e terão a oportunidade de entrar em contato conosco para compartilhar os dados encontrados", disse Ryle.

Na quinta-feira passada, a empresa panamenha enviou uma carta ao ICIJ na qual o convoca a desistir de publicar integralmente os "Panama Papers", porque é "um roubo de informação e uma violação ao tratado de confidencialidade entre cliente e advogado, o que nos devemos esforçar em proteger".

"Esperamos que a polêmica não nos arraste a futuras ações legais", manifestou o escritório panamenho em um comunicado.

Os "Panama Papers" são um vazamento de documentos realizado pelo ICIJ que revelou que o escritório Mossack Fonseca criou uma série de empresas offshore para personalidades de todo o mundo, o que pode ter facilitado a evasão de impostos em nível mundial.

O escândalo revelado envolveu os líderes da Argentina, Ucrânia e Rússia, mas também estrelas como o jogador Lionel Messi e o cineasta Pedro Almodóvar.

Em meados de abril, no impacto das revelações, as maiores economias do mundo reunidas no G20 comprometeram-se em elaborar uma lista negra de paraísos fiscais que não cooperam com a transparência.

Na semana passada, os Estados Unidos também anunciaram uma série de medidas para bloquear as técnicas de evasão fiscal e lavagem de dinheiro através de empresas de fachada, técnicas reveladas pelos Panama Papers.

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