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Palestinos confrontam polícia por causa de visita de Obama

Dezenas de policiais fardados e à paisana impediram que a multidão chegasse à sede da Autoridade Palestina em Ramallah, na Cisjordânia

Barack Obama: depois da Palestina, presidente dos EUA chega na quarta-feira a Israel, para uma visita de três dias. (AFP/ Brendan Smialowski)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2013 às 21h25.

Ramallah - Manifestantes e policiais palestinos entraram em confronto nesta terça-feira durante um protesto contra a visita desta semana do presidente dos Estados Unidos , Barack Obama, à Cisjordânia ocupada.

Dezenas de policiais fardados e à paisana impediram que a multidão chegasse à sede da Autoridade Palestina em Ramallah, na Cisjordânia. Houve empurra-empurra, mas sem feridos graves.

Os palestinos veem com ceticismo a visita de Obama, que segundo autoridades dos EUA não têm o objetivo de levar a uma retomada imediata do processo de paz deles com Israel.

As negociações foram rompidas em 2010, devido à ampliação de assentamentos judaicos nos territórios ocupados. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, exige que Israel interrompa as obras nos assentamentos, mas o Estado judeu diz que não aceita pré-condições para o diálogo.

"É um tapa na cara. As pessoas estão irritadas e desapontadas pelo fato de que até agora na sua presidência Obama não tenha feito nada, e que a ajuda à ocupação israelense continue fluindo", disse a manifestante Huwaida Arraf.

Obama chega na quarta-feira a Israel, para uma visita de três dias. Ele se reunirá com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, e na quinta-feira será recebido por Abbas em Ramallah.

Um forte esquema de segurança está sendo montado nessas duas cidades. Em Jerusalém, cerca de 5.000 policiais e agentes de segurança serão mobilizados nas ruas, as principais vias serão interditadas, e helicópteros vão escoltar o comboio presidencial.

Uma fonte palestina de segurança disse que 3.000 policiais serão mobilizados na Cisjordânia, onde os protestos têm se intensificado nas últimas semanas. Desde dezembro, nove palestinos foram mortos em confronto com as forças israelenses no território.

Na sexta-feira, Obama visita a igreja da Natividade, em Belém, reverenciada pelos cristãos como sendo o lugar onde Jesus nasceu. No mesmo dia, ele embarca para a Jordânia.

Na segunda-feira, um protesto em Belém já tinha terminado com uma foto de Obama sendo "atropelada" por veículos e tendo uma suástica pintada na testa.

Num tom mais satírico, o cantor Alaa Shaham e outros artistas gravaram um clipe em que um ator caracterizado como Obama aparece sendo barrado num posto de controle palestino e andando de BMW num campo de refugiados palestinos.

"Obama está atrasado, coitado. Ele precisa ter uma boa desculpa", canta Shaham no vídeo, visto mais de 10 mil vezes desde segunda-feira à noite, quando foi posto no YouTube.

"Estamos tentando passar um recado a ele. Nós lhe damos as boas vindas, é claro que é uma visita importante. Mas a política dos EUA tem frustrado os palestinos - ela desrespeita nossa causa", disse Shaham à Reuters.

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Ramallah - Manifestantes e policiais palestinos entraram em confronto nesta terça-feira durante um protesto contra a visita desta semana do presidente dos Estados Unidos , Barack Obama, à Cisjordânia ocupada.

Dezenas de policiais fardados e à paisana impediram que a multidão chegasse à sede da Autoridade Palestina em Ramallah, na Cisjordânia. Houve empurra-empurra, mas sem feridos graves.

Os palestinos veem com ceticismo a visita de Obama, que segundo autoridades dos EUA não têm o objetivo de levar a uma retomada imediata do processo de paz deles com Israel.

As negociações foram rompidas em 2010, devido à ampliação de assentamentos judaicos nos territórios ocupados. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, exige que Israel interrompa as obras nos assentamentos, mas o Estado judeu diz que não aceita pré-condições para o diálogo.

"É um tapa na cara. As pessoas estão irritadas e desapontadas pelo fato de que até agora na sua presidência Obama não tenha feito nada, e que a ajuda à ocupação israelense continue fluindo", disse a manifestante Huwaida Arraf.

Obama chega na quarta-feira a Israel, para uma visita de três dias. Ele se reunirá com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém, e na quinta-feira será recebido por Abbas em Ramallah.

Um forte esquema de segurança está sendo montado nessas duas cidades. Em Jerusalém, cerca de 5.000 policiais e agentes de segurança serão mobilizados nas ruas, as principais vias serão interditadas, e helicópteros vão escoltar o comboio presidencial.

Uma fonte palestina de segurança disse que 3.000 policiais serão mobilizados na Cisjordânia, onde os protestos têm se intensificado nas últimas semanas. Desde dezembro, nove palestinos foram mortos em confronto com as forças israelenses no território.

Na sexta-feira, Obama visita a igreja da Natividade, em Belém, reverenciada pelos cristãos como sendo o lugar onde Jesus nasceu. No mesmo dia, ele embarca para a Jordânia.

Na segunda-feira, um protesto em Belém já tinha terminado com uma foto de Obama sendo "atropelada" por veículos e tendo uma suástica pintada na testa.

Num tom mais satírico, o cantor Alaa Shaham e outros artistas gravaram um clipe em que um ator caracterizado como Obama aparece sendo barrado num posto de controle palestino e andando de BMW num campo de refugiados palestinos.

"Obama está atrasado, coitado. Ele precisa ter uma boa desculpa", canta Shaham no vídeo, visto mais de 10 mil vezes desde segunda-feira à noite, quando foi posto no YouTube.

"Estamos tentando passar um recado a ele. Nós lhe damos as boas vindas, é claro que é uma visita importante. Mas a política dos EUA tem frustrado os palestinos - ela desrespeita nossa causa", disse Shaham à Reuters.

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