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Palestina negociará com Israel o fim da colonização

Há dois dias, Benjamin Netanyahu anunciou a formação de um governo integrado pelo conservador Likud e o ultranacionalista e pró-colonizador Lar Judaico


	Mahmud Abbas: "o povo israelense elege seus representantes e nós interagiremos com os escolhidos, independentemente do ganhador e do governo que este forme"
 (Farouk Batiche/AFP)

Mahmud Abbas: "o povo israelense elege seus representantes e nós interagiremos com os escolhidos, independentemente do ganhador e do governo que este forme" (Farouk Batiche/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2015 às 09h57.

Moscou - A Palestina negociará com qualquer governo israelense que coloque fim à construção de novos assentamentos nos territórios ocupados, disse o presidente palestino, Mahmoud Abbas, em entrevista publicada nesta sexta-feira pela agência russa "Interfax".

"Estamos dispostos a iniciar autênticas negociações, com um 'roteiro' definido, com qualquer governo israelense que se comprometa a congelar a construção de assentamentos", disse Abbas antes de comparecer amanhã a Moscou para o desfile militar por ocasião do 70° aniversário da Vitória soviética sobre a Alemanha nazista.

Há dois dias, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou a formação de um governo integrado pelo conservador Likud e o ultranacionalista e pró-colonizador Lar Judaico, além de outros três partidos, um de centro-direita e dois ultra -ortodoxos.

"O povo israelense elege seus representantes e nós interagiremos com os escolhidos, independentemente do ganhador e do governo que este forme", ressaltou Abbas.

O líder palestino também se referiu ao projeto de resolução da ONU que é preparado pela França sobre a questão palestina e recalcou que o texto deverá incluir "o fim da ocupação, a criação de um Estado palestino com capital em Jerusalém Oriental nas fronteiras de 1967".

Enquanto isso, o destacado dirigente e negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, assegurou ontem que o novo governo de Netanyahu está contra a paz e trará mais violência.

"Este governo israelense é um governo de colonos que defende os assentamentos e que tem por objeto destruir o princípio da solução de dois Estados", lamentou Erekat.

Israelenses e palestinos interromperam sem resultados o último processo de negociação impulsionado pelos EUA em abril do ano passado e, desde então, toda tentativa de reanimá-lo foi infrutífera.

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