Mundo

Palestina denuncia bombardeio contra escola da ONU

Missão condenou em carta ao Conselho de Segurança da ONU o bombardeio israelense a uma escola administrada pela organização


	Poça de sangue na quadra da escola da ONU em Gaza, atacada por Israel
 (Marco Longari/AFP)

Poça de sangue na quadra da escola da ONU em Gaza, atacada por Israel (Marco Longari/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 09h10.

Jerusalém - A missão permanente de observação do estado da Palestina condenou em carta enviada ao Conselho de Segurança da ONU o bombardeio israelense contra uma escola administrada pela UNRWA ontem no norte da Faixa de Gaza.

"Mais uma vez, as forças da ocupação israelense atingiram uma escola da UNRWA, causando mais mortes e feridos entre os já traumatizados civis, deslocados de suas casas e abrigados na escola, incluídos muitos aos quais a potência ocupante tinha exigido previamente que abandonassem suas residências", afirmou a carta.

O documento cita testemunhas que indicam que bombardeios da artilharia israelense atingiram a escola controlada pela agência da ONU para o Socorro dos Refugiados Palestinos (UNRWA) em Beit Hanoun.

O ataque deixou 17 pessoas mortas e mais de 200 feridos.

"Esta é a quarta vez em dois dias que as forças de ocupação israelense bombardearam escolas que servem de refúgio na sitiada Faixa de Gaza", denunciou o comunicado.

O texto ressaltou que mais de 148 mil palestinos estão refugiados em escolas da UNRWA em Gaza, para onde foram para escapar dos contínuos bombardeios do exército israelense contra o território.

A Palestina, reconhecida como Estado observador não membro da ONU em 2012, exigiu uma investigação imediata, imparcial e global sobre esse fato, "para se apurar responsabilidades e levar os autores do crime perante a justiça".

"Este tipo de grave violação do direito humanitário internacional e da inviolabilidade de premissas da ONU não deve ficar sem castigo", disse o texto.

De acordo com a versão de Israel, a área da escola tinha se transformado nos últimos dias em um "campo de batalha, o que levou o exército a insistir para o que estivessem no local evacuassem a zona".

As Forças Armadas israelenses, que há oito dias realizam uma operação militar por terra em Gaza, informaram que tinham autorizado uma janela humanitária de quatro horas para que toda a área fosse evacuada e acusou o grupo islamita Hamas de impedir a saída dos civis.

Em comunicado, Israel reiterou que vários foguetes foram disparados pelo Hamas da zona e caíram em Beit Hanoun e que uma investigação preliminar sobre o incidente indica que "durante intensos combates na área, milicianos abriram fogo contra soldados israelenses da área da escola".

"Para eliminar a ameaça contra suas vidas, responderam com fogo em direção ao lugar de origem dos disparos", concluiu o exército israelense, que ainda continua analisando o caso.

Acompanhe tudo sobre:Conflito árabe-israelenseFaixa de GazaIsraelPalestina

Mais de Mundo

Milei denuncia 'corridas cambiais' contra seu governo e acusa FMI de ter 'más intenções'

Tiro de raspão causou ferida de 2 cm em orelha de Trump, diz ex-médico da Casa Branca

Trump diz que 'ama Elon Musk' em 1º comício após atentado

Israel bombardeia cidade do Iêmen após ataque de rebeldes huthis a Tel Aviv

Mais na Exame