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Palestina busca reconciliação com Hamas

No momento em que as negociações de paz com Israel estão bloqueadas, a Autoridade Palestina retomava tentativas de se reconciliar com o movimento islamita Hamas

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas: delegação viajou para tentar reativar o processo de reconciliação com o Hamas (Abbas Momani/AFP)
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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 17h55.

Ramallah - A Autoridade Palestina retomava as tentativas de se reconciliar com o movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, no momento em que as negociações de paz com Israel estão bloqueadas, e em que o prazo previsto para se alcançar um acordo está prestes a expirar.

Uma delegação da Organização de Libertação da Palestina (OLP), liderada por Azzam al-Ahmad, viajou nesta terça-feira a Gaza para tentar reativar o processo de reconciliação com o Hamas.

Os representantes da organização, liderada pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, e que governa as zonas autônomas de Cisjordânia, devem se reunir com o chefe de governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh.

Também se encontrarão com o número dois do movimento islamita, Abu Marzuq, que chegou na segunda-feira do Cairo para preparar o encontro.

O Fatah, principal partido da OLP, e o Hamas assinaram um acordo de reconciliação para acabar com a divisão entre Cisjordânia e Gaza em 2011, mas a maioria das cláusulas nunca foram aplicadas.

Nesta oportunidade, as duas partes falarão da possível formação de um governo de consenso nacional e de eventuais eleições palestinas.

O Hamas se opõe categoricamente às atuais negociações da Autoridade Palestina com Israel.

No entanto, estas negociações estão completamente bloqueadas desde que Israel se negou a libertar, no dia 29 de março, segundo o previsto, um último contingente de prisioneiros e exigiu uma prolongação das negociações de paz para além de 29 de abril, a data limite decidida inicialmente.

Os Estados Unidos tentam fazer com que as duas partes alcancem um acordo que permita prolongar as negociações, mas até o momento isso não ocorreu.

Neste contexto, líderes palestinos indicaram nesta terça-feira que não têm a intenção de dissolver a Autoridade Palestina.

"Nenhum palestino fala de uma iniciativa de desmantelar a Autoridade Palestina", afirmou nesta terça-feira à AFP o chefe dos negociadores da Autoridade com Israel, Saeb Erakat.

"Mas as iniciativas israelenses anularam o alcance legal, político, de segurança, econômico e operacional das prerrogativas da Autoridade Palestina", acrescentou.

A equipe de negociadores havia informado na semana passada ao mediador americano, Martin Indyk, que os palestinos poderiam decidir desmantelar o governo dirigido por Abbas para fazer com que recaísse sobre Israel a responsabilidade pela gestão do território como potência ocupante.

Os Estados Unidos advertiram na segunda-feira que este tipo de medida extrema teria graves consequências.

Esta foi a primeira vez em que foi levantada a ameaça de dissolver a Autoridade desde a retomada das negociações de paz entre israelenses e palestinos sob os auspícios do secretário americano de Estado, John Kerry, em julho.

Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, minimizou a importância das ameaças de dissolução da Autoridade Palestina caso o processo de paz fracasse.

"A Autoridade Palestina, que ameaçava ontem se dissolver, fala hoje de reunificação com o Hamas. Devem decidir se querem se dissolver ou se reunificar com o Hamas, e quando quiserem a paz nos digam", declarou Netanyahu na noite de segunda-feira em um discurso por ocasião do fim da Páscoa judaica.

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Ramallah - A Autoridade Palestina retomava as tentativas de se reconciliar com o movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, no momento em que as negociações de paz com Israel estão bloqueadas, e em que o prazo previsto para se alcançar um acordo está prestes a expirar.

Uma delegação da Organização de Libertação da Palestina (OLP), liderada por Azzam al-Ahmad, viajou nesta terça-feira a Gaza para tentar reativar o processo de reconciliação com o Hamas.

Os representantes da organização, liderada pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, e que governa as zonas autônomas de Cisjordânia, devem se reunir com o chefe de governo do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh.

Também se encontrarão com o número dois do movimento islamita, Abu Marzuq, que chegou na segunda-feira do Cairo para preparar o encontro.

O Fatah, principal partido da OLP, e o Hamas assinaram um acordo de reconciliação para acabar com a divisão entre Cisjordânia e Gaza em 2011, mas a maioria das cláusulas nunca foram aplicadas.

Nesta oportunidade, as duas partes falarão da possível formação de um governo de consenso nacional e de eventuais eleições palestinas.

O Hamas se opõe categoricamente às atuais negociações da Autoridade Palestina com Israel.

No entanto, estas negociações estão completamente bloqueadas desde que Israel se negou a libertar, no dia 29 de março, segundo o previsto, um último contingente de prisioneiros e exigiu uma prolongação das negociações de paz para além de 29 de abril, a data limite decidida inicialmente.

Os Estados Unidos tentam fazer com que as duas partes alcancem um acordo que permita prolongar as negociações, mas até o momento isso não ocorreu.

Neste contexto, líderes palestinos indicaram nesta terça-feira que não têm a intenção de dissolver a Autoridade Palestina.

"Nenhum palestino fala de uma iniciativa de desmantelar a Autoridade Palestina", afirmou nesta terça-feira à AFP o chefe dos negociadores da Autoridade com Israel, Saeb Erakat.

"Mas as iniciativas israelenses anularam o alcance legal, político, de segurança, econômico e operacional das prerrogativas da Autoridade Palestina", acrescentou.

A equipe de negociadores havia informado na semana passada ao mediador americano, Martin Indyk, que os palestinos poderiam decidir desmantelar o governo dirigido por Abbas para fazer com que recaísse sobre Israel a responsabilidade pela gestão do território como potência ocupante.

Os Estados Unidos advertiram na segunda-feira que este tipo de medida extrema teria graves consequências.

Esta foi a primeira vez em que foi levantada a ameaça de dissolver a Autoridade desde a retomada das negociações de paz entre israelenses e palestinos sob os auspícios do secretário americano de Estado, John Kerry, em julho.

Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, minimizou a importância das ameaças de dissolução da Autoridade Palestina caso o processo de paz fracasse.

"A Autoridade Palestina, que ameaçava ontem se dissolver, fala hoje de reunificação com o Hamas. Devem decidir se querem se dissolver ou se reunificar com o Hamas, e quando quiserem a paz nos digam", declarou Netanyahu na noite de segunda-feira em um discurso por ocasião do fim da Páscoa judaica.

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