Países estão abertos a pacto comercial com Londres, diz May
"Eles me disseram que receberão com agrado as conversas para suspender as barreiras ao comércio entre os nossos países", declarou
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2016 às 15h05.
Hangzhou - A primeira-ministra britânica, Theresa May, ressaltou nesta segunda-feira a disposição de outros países para assinar tratados de comércio com o Reino Unido após a separação da União Europeia (UE), um dos objetivos de seu governo para garantir o sucesso do " Brexit ".
Em sua estreia na cúpula do G20 na China, que terminou hoje, May teve uma cansativa agenda de reuniões bilaterais e nelas apreciou a "vontade" de países do grupo por começar a falar com Londres sobre acordos comerciais, segundo destacou em entrevista coletiva após a reunião. Entre os países, citou Índia, México, Coreia do Sul e Cingapura, cujos líderes transmitiram uma mensagem de confiança.
"Eles me disseram que receberão com agrado as conversas para suspender as barreiras ao comércio entre os nossos países", declarou.
A Austrália também continua a se posicionar como aliada fundamental e May anunciou que seu ministro do Comércio viajará ao território britânico nesta semana para "explorar" um futuro tratado.
"Esta foi uma cúpula bem-sucedida. Foi mostrada a importância e a liderança que o Reino Unido segue tendo no mundo", enfatizou May, que visa transformar seu país em um líder global do livre-comércio.
No entanto, a União Europeia ressaltou em Hangzhou que Londres não pode iniciar negociações comerciais enquanto continuar sendo integrante do bloco.
"Falar está bem, mas não pode haver negociações enquanto é membro de um bloco comercial", afirmou no último domingo uma fonte comunitária.
Apesar do otimismo, a líder conservadora foi recebida no primeiro dia da cúpula entre dúvidas e advertências de integrantes do G20, entre elas as do Japão, que publicou um detalhado relatório com as reivindicações de suas empresas e alertas sobre a possibilidade de abandonarem o país após o "Brexit".
"Falei especificamente com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, sobre os problemas das empresas japonesas e ambos deixamos claro que trabalharemos juntos para garantir que podemos manter e desenvolver nossa relação", disse May.
No entanto, as dúvidas sobre quando e como ocorrerá o "divórcio" continuam. A primeira-ministra descartou que vá implementar um sistema de pontos ao estilo australiano para controlar a imigração, mas não ofereceu uma alternativa e também não respondeu diretamente as dúvidas das empresas japonesas.
Theresa May confiou na relação com Tóquio e destacou que a confiança no Reino Unido não evaporou, apesar do triunfo da saída da UE.
A primeira-ministra britânica também mostrou otimismo ao falar dos laços com a China, deteriorados após ter decidido adiar o projeto nuclear de investimento chinês e francês em Hinkley Point.
As relações, segundo ela, passam por uma "era dourada", e assim destacou em sua reunião com o presidente Xi Jinping, posterior ao encontro com a imprensa.
"A relação com a China vai além de Hinkley Point", ressaltou ao questionada sobre este obstáculo, que levou o embaixador chinês no Reino Unido a dizer que os vínculos estavam em um momento "crítico".
Sem mencionar este empecilho, Xi manifestou em sua reunião com May que "a China está preparada para trabalhar com o novo governo do Reino Unido para aumentar a confiança mútua e as trocas", enquanto a primeira-ministra esperava que esta seja a primeira de muitas visitas ao país asiático.
Hangzhou - A primeira-ministra britânica, Theresa May, ressaltou nesta segunda-feira a disposição de outros países para assinar tratados de comércio com o Reino Unido após a separação da União Europeia (UE), um dos objetivos de seu governo para garantir o sucesso do " Brexit ".
Em sua estreia na cúpula do G20 na China, que terminou hoje, May teve uma cansativa agenda de reuniões bilaterais e nelas apreciou a "vontade" de países do grupo por começar a falar com Londres sobre acordos comerciais, segundo destacou em entrevista coletiva após a reunião. Entre os países, citou Índia, México, Coreia do Sul e Cingapura, cujos líderes transmitiram uma mensagem de confiança.
"Eles me disseram que receberão com agrado as conversas para suspender as barreiras ao comércio entre os nossos países", declarou.
A Austrália também continua a se posicionar como aliada fundamental e May anunciou que seu ministro do Comércio viajará ao território britânico nesta semana para "explorar" um futuro tratado.
"Esta foi uma cúpula bem-sucedida. Foi mostrada a importância e a liderança que o Reino Unido segue tendo no mundo", enfatizou May, que visa transformar seu país em um líder global do livre-comércio.
No entanto, a União Europeia ressaltou em Hangzhou que Londres não pode iniciar negociações comerciais enquanto continuar sendo integrante do bloco.
"Falar está bem, mas não pode haver negociações enquanto é membro de um bloco comercial", afirmou no último domingo uma fonte comunitária.
Apesar do otimismo, a líder conservadora foi recebida no primeiro dia da cúpula entre dúvidas e advertências de integrantes do G20, entre elas as do Japão, que publicou um detalhado relatório com as reivindicações de suas empresas e alertas sobre a possibilidade de abandonarem o país após o "Brexit".
"Falei especificamente com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, sobre os problemas das empresas japonesas e ambos deixamos claro que trabalharemos juntos para garantir que podemos manter e desenvolver nossa relação", disse May.
No entanto, as dúvidas sobre quando e como ocorrerá o "divórcio" continuam. A primeira-ministra descartou que vá implementar um sistema de pontos ao estilo australiano para controlar a imigração, mas não ofereceu uma alternativa e também não respondeu diretamente as dúvidas das empresas japonesas.
Theresa May confiou na relação com Tóquio e destacou que a confiança no Reino Unido não evaporou, apesar do triunfo da saída da UE.
A primeira-ministra britânica também mostrou otimismo ao falar dos laços com a China, deteriorados após ter decidido adiar o projeto nuclear de investimento chinês e francês em Hinkley Point.
As relações, segundo ela, passam por uma "era dourada", e assim destacou em sua reunião com o presidente Xi Jinping, posterior ao encontro com a imprensa.
"A relação com a China vai além de Hinkley Point", ressaltou ao questionada sobre este obstáculo, que levou o embaixador chinês no Reino Unido a dizer que os vínculos estavam em um momento "crítico".
Sem mencionar este empecilho, Xi manifestou em sua reunião com May que "a China está preparada para trabalhar com o novo governo do Reino Unido para aumentar a confiança mútua e as trocas", enquanto a primeira-ministra esperava que esta seja a primeira de muitas visitas ao país asiático.