Países americanos aprovam sistema para enfrentar desastres
O ministro chileno qualificou de "muito importante" o respaldo que recebeu a iniciativa na qual se vinha trabalhando há dois anos
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2012 às 16h25.
Punta del Este - Os ministros da Defesa do continente americano aprovaram nesta quarta-feira no Uruguai a criação de um Sistema de Colaboração Internacional para desastres naturais , informou o ministro chileno do setor, Andrés Allamand.
A proposta é "um grande avanço e um êxito concreto" da 10ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas que termina hoje em Punta del Este, acrescentou em uma improvisada entrevista coletiva.
A criação foi aprovada por maioria e, "muito além das diferenças", o "importante" é que os países do hemisfério "vamos poder avançar" na constituição de um sistema que "nos permita colaborar entre nós cada vez que enfrentarmos catástrofes ou desastres naturais", destacou Allamand.
O ministro chileno qualificou de "muito importante" o respaldo que recebeu a iniciativa na qual se vinha trabalhando há dois anos.
Allamand reconheceu que a proposta original "teve modificações" durante as negociações realizadas em Punta del Este, mas disse que o "conteúdo técnico" da iniciativa "não precisou de maiores reparos".
"Buscamos o máximo de consenso, as diferenças não foram grandes, espero que no final todos os países do continente americano se somem", comentou.
Allamand ressaltou que um dos pilares do sistema é que "funcionará sob a base do princípio de voluntariedade" e cada país "manifestará seu desejo de integrá-lo".
Além disso, vai operar "sempre sob o respeito integral à legislação de cada país" e "que estarão a cargo da coordenação e direção as autoridades civis do país que sofre o desastre ou a catástrofe", explicou.
O sistema será implementado pelo Peru que passa a exercer a secretaria temporária da Conferência de Ministros da Defesa das Américas já que será sede da 11ª reunião em 2014.
Allamand antecipou que a implementação do sistema será "relativamente simples" a partir de um banco de dados alimentado por todos os países para "impulsionar uma ajuda humanitária, rápida, eficaz e recíproca" quando ocorrerem os desastres naturais.