Mundo

Oxfam ressalta desafios no Haiti 4 anos após terremoto

O terremoto provocou uma grande crise humanitária e de desenvolvimento, incluindo uma epidemia de cólera que começou em outubro de 2010 e que ainda continua


	Terremoto no Haiti: em 2011, foram arrecadados US$ 8 milhões a mais, chegando a um total de US$ 106 milhões
 (Getty Images)

Terremoto no Haiti: em 2011, foram arrecadados US$ 8 milhões a mais, chegando a um total de US$ 106 milhões (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 14h52.

Porto Príncipe - Quatro anos depois do terremoto que afetou o Haiti, o país mais pobre da América enfrenta "desafios significativos" para seguir em direção à reconstrução, ressaltou nesta quinta-feira a organização humanitária "Oxfam".

Em 12 de janeiro de 2010, Porto Príncipe, a capital haitiana, foi castigada pelo terremoto mais devastador dos últimos 200 anos no país, deixando, segundo distintas fontes, mais de 300 mil mortos, igual quantidade de feridos e 1,5 milhão de afetados.

O terremoto provocou uma grande crise humanitária e de desenvolvimento, incluindo uma epidemia de cólera que começou em outubro de 2010 e que ainda continua, lembrou a "Oxfam", que acrescentou que o número é de 220 mil vítimas mortais por causa do fenômeno.

Quatro anos depois "ainda há desafios significativos para que o Haiti siga no caminho da reconstrução", disse a ONG.

Segundo dados das Nações Unidas (ONU), citados pela "Oxfram", 817 mil pessoas ainda precisam de assistência humanitária devido à insegurança alimentícia ou desnutrição, más condições de vida e alto risco de ser desalojadas necessariamente dos 306 campos de deslocados restantes.

Além disso, a epidemia de cólera persiste com uma grave crise de saúde pública já que o Haiti registra metade dos casos suspeitos de cólera no mundo todo.

Por isso, a "Oxfam" fez "uma chamada ao público em geral e à ajuda internacional para enfrentar os desafios humanitários e de desenvolvimento persistentes".


No entanto, a organização disse que "graças à determinação dos haitianos e seu Governo, à generosidade do público e os Governos ao redor do mundo, o país registrou um progresso notável".

Por exemplo, a ONG citou que 89% da população deslocada deixou os campos, a incidência de cólera caiu 50% e a capacidade das autoridades haitianas para coordenar ajuda humanitária em emergências também melhorou.

Os haitianos "estão trabalhando por um novo futuro através da reconstrução de suas estruturas de governança, envolvendo organizações da sociedade civil, instituições governamentais e o setor privado nos planos de reconstrução e programas de manejo de riscos", indicou.

Sobre seu atual trabalho no Haiti, a "Oxfam" disse que se centra no desenvolvimento a longo prazo, promovendo a mudança sustentável.

Os projetos incluem fornecer refúgio adequado e seguro e oportunidades de integração à população haitiana deslocada e identificar e envolver organizações haitianas como sócias da "Oxfam" em iniciativas que fortaleçam a participação cidadã.

Além disso, tem a intenção de ONG promover a criação de emprego através do desenvolvimento de pequenas empresas, edificar comunidades mais fortes e mais saudáveis através do apoio à construção de serviços sanitários de qualidade, trabalhar com pequenos produtores agrícolas para apoiar seus meios de subsistência e outros esforços para reconstruir um novo Haiti através da participação dos cidadãos e o Governo.

Depois do terremoto, a "Oxfam" arrecadou aproximadamente US$ 98 milhões para um programa de resposta a três anos.

Em 2011, foram arrecadados US$ 8 milhões a mais, chegando a um total de US$ 106 milhões.

A princípios de 2013, já tinha sido investido 96% do total dos recursos, precisou. 

Acompanhe tudo sobre:Desastres naturaisHaitiTerremotos

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua