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Otan terá representante para rebeldes em Benghazi

O objetivo da ação é melhorar a troca de informações com a oposição ao regime de Muammar Kadafi

Rebelde líbio dispara em Benghazi: França vê cidade como única interlocutora válida (Marwan Naamani/AFP)

Rebelde líbio dispara em Benghazi: França vê cidade como única interlocutora válida (Marwan Naamani/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2011 às 11h02.

Bruxelas - Os países da Otan acertaram nesta quarta-feira nomear um representante na cidade líbia de Benghazi para facilitar os contatos com a oposição ao regime de Muammar Kadafi, informou à Agência Efe a porta-voz da aliança Carmen Romero.

"Os aliados acertaram os princípios para estabelecer um ponto de contato em Benghazi", assinalou Romero, que acrescentou que os detalhes concretos da nomeação ainda devem ser definidos.

Uma fonte da organização explicou à Agência Efe na terça-feira que o mais provável é que o representante da Otan em Benghazi seja algum diplomata de um país aliado que já se encontre na cidade, principal reduto dos rebeldes líbios.

O objetivo da medida é melhorar e reforçar a troca de informações políticas entre a Otan e os rebeldes do Conselho Nacional de Transição (CNT).

Nas últimas semanas, os contatos entre as duas partes se intensificaram e houve inclusive um encontro entre o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, e o representante diplomático rebelde, Mahmoud Jibril, durante a reunião do Grupo de Contato para a Líbia, realizada em 13 de abril.

Desde que assumiu o comando das operações internacionais na Líbia, a aliança vem insistindo que seu papel se limita a proteger a população civil ameaçada e que, portanto, não pode assumir uma posição por nenhum dos lados do conflito.

No entanto, alguns de seus membros apoiaram o CNT desde o princípio, como a França, o primeiro país que reconheceu Benghazi como o único interlocutor válido na Líbia.

O representante da Otan, no entanto, terá caráter político e se centrará em discutir com os rebeldes a evolução da operação internacional na Líbia e possíveis soluções políticas ao conflito.

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