O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg (Michaela Rehle/Reuters)
Da redação, com agências
Publicado em 25 de fevereiro de 2022 às 15h29.
Última atualização em 25 de fevereiro de 2022 às 15h34.
O secretário-geral da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse nesta sexta-feira que a aliança está mobilizando sua força de resposta de prontidão de combate e continuará a enviar armas à Ucrânia, incluindo sistemas de defesa aérea.
Stoltenberg também disse que a Rússia está tentando derrubar o governo em Kiev.
"Estamos agora mobilizando a força de resposta da Otan pela primeira vez no contexto da defesa coletiva", disse ele durante entrevista coletiva, após uma reunião virtual de cúpula da aliança.
Na quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, havia anunciado o envio de 7 mil soldados para a Alemanha.
Em seu primeiro discurso desde a invasão da Ucrânia, Biden afirmou ontem que a Otan defenderia "cada centímetro" de território dos aliados.
Pelo acordo, se um país da Otan for invadido, os outros membros são obrigados a defendê-lo, o que não é o caso da Ucrânia. Na fala, Biden também reforçou que os EUA não enviarão tropas à Ucrânia, somente assistência, armas e "ajuda humanitária".
"Vou dizer isso de novo: nossas forças não estão, e não irão, entrar em um confronto com a Rússia na Ucrânia", disse.
Também na tarde desta sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores divulgou mensagem em tom de ameaça a Finlândia e Suécia, dois países próximos ao território russo, mas que não estão na Otan.
"Claramente o acesso da Finlândia e da Suécia na Otan, que é antes de mais nada uma aliança militar, teria repercussões militares e políticas sérias que demandariam uma resposta de nosso país", disse a porta-voz Maria Zakharova, em um vídeo que viralizou nas redes sociais. (Com Reuters)