Otan confirma entrada de comboios russos na Ucrânia
Vários comboios militares russos entraram nos últimos dois dias no leste da Ucrânia, afirma a Otan
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2014 às 13h50.
Sófia -A Otan denunciou nesta quarta-feira que vários comboios militares russos, incluindo tanques, artilharia e tropas de combate, entraram nos últimos dois dias no leste da Ucrânia .
"Nos últimos dois dias, observamos a mesma coisa que a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa). Vimos colunas de equipamento russo, tanques russos, sistemas de defesa antiaérea russos, artilharia russa e tropas de combate russas entrando na Ucrânia", afirmou o comandante-em-chefe da Aliança Atlântica, Philip Breedlov.
A OSCE alertou na terça-feira que o risco de uma escalada no conflito no leste da Ucrânia entre o governo de Kiev e os separatistas pró-russos está aumentando.
"O nível de violência no leste da Ucrânia e o risco de uma nova escalada são altos e estão aumentando", afirmou Michael Bociurkiw, membro da missão especial de supervisão da OSCE na Ucrânia, em coletiva de imprensa em Kiev.
A Ucrânia, por sua vez, afirmou que está preparada para o combate contra as tropas russas e as forças separatistas que reforçam suas posições no leste do país.
"Observamos um reforço dos grupos terroristas" (como o governo russos chama os rebeldes pró-russo) e de parte da Rússia. Observamos seus movimentos, sabemos onde se encontram", afirmou o ministro ucraniano da Defesa, Stepan Poltorak, em uma reunião de governo.
"Nossa tarefa principal é nos prepararmos para o combate", acrescentou.
Nesta quarta-feira, os disparos de artilharia se intensificaram nesta quarta-feira perto de Donetsk, reduto separatista pró-russo no leste da Ucrânia, informaram jornalistas da AFP.
Os disparos, mais intensos do que nos últimos dias, começaram nas primeiras horas da manhã e pareciam dirigidos contra o aeroporto, sob controle das tropas leais a Kiev.
Segundo o exército ucraniano, um soldado ficou ferido no aeroporto, epicentro há meses de combates entre as tropas de Kiev e os separatistas.
Nos últimos dias, os correspondentes da AFP na região presenciaram a chegada de comboios militares com tanques e caminhões sem matrícula.
A Ucrânia denuncia desde sexta-feira a entrada no leste separatista pró-russo de tanques e peças de artilharia vindas da Rússia.
A situação na região piorou consideravelmente após as eleições separatistas de 2 de novembro, que deixaram em situação crítica os acordos de paz assinados em setembro por Kiev e pelos separatistas pró-Rússia, com mediação da Rússia e da OSCE.
O conflito já causou mais de quatro mil mortos e este balanço demonstra mais uma vez a fragilidade do cessar-fogo concluído em 5 de setembro em Minsk, a capital da Belarus.
A crise ucraniana, iniciada há quase um ano com um movimento de protesto pró-Europa reprimido com violência e que provocou a queda do então presidente, o pró-Rússia Viktor Yanukovytch, provocou o pior momento nas relações entre Moscou e os países ocidentais desde o fim da Guerra Fria.
A União Europeia vai analisar a situação em uma reunião ministerial prevista para a próxima segunda-feira em Bruxelas.
A questão ucraniana também foi discutida pelos presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Barack Obama e Vladimir Putin, em Pequim, onde participaram na cúpula de dirigentes da Ásia e Pacífico.
*Atualizada às 14h50 do dia 12/11/2014
Sófia -A Otan denunciou nesta quarta-feira que vários comboios militares russos, incluindo tanques, artilharia e tropas de combate, entraram nos últimos dois dias no leste da Ucrânia .
"Nos últimos dois dias, observamos a mesma coisa que a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa). Vimos colunas de equipamento russo, tanques russos, sistemas de defesa antiaérea russos, artilharia russa e tropas de combate russas entrando na Ucrânia", afirmou o comandante-em-chefe da Aliança Atlântica, Philip Breedlov.
A OSCE alertou na terça-feira que o risco de uma escalada no conflito no leste da Ucrânia entre o governo de Kiev e os separatistas pró-russos está aumentando.
"O nível de violência no leste da Ucrânia e o risco de uma nova escalada são altos e estão aumentando", afirmou Michael Bociurkiw, membro da missão especial de supervisão da OSCE na Ucrânia, em coletiva de imprensa em Kiev.
A Ucrânia, por sua vez, afirmou que está preparada para o combate contra as tropas russas e as forças separatistas que reforçam suas posições no leste do país.
"Observamos um reforço dos grupos terroristas" (como o governo russos chama os rebeldes pró-russo) e de parte da Rússia. Observamos seus movimentos, sabemos onde se encontram", afirmou o ministro ucraniano da Defesa, Stepan Poltorak, em uma reunião de governo.
"Nossa tarefa principal é nos prepararmos para o combate", acrescentou.
Nesta quarta-feira, os disparos de artilharia se intensificaram nesta quarta-feira perto de Donetsk, reduto separatista pró-russo no leste da Ucrânia, informaram jornalistas da AFP.
Os disparos, mais intensos do que nos últimos dias, começaram nas primeiras horas da manhã e pareciam dirigidos contra o aeroporto, sob controle das tropas leais a Kiev.
Segundo o exército ucraniano, um soldado ficou ferido no aeroporto, epicentro há meses de combates entre as tropas de Kiev e os separatistas.
Nos últimos dias, os correspondentes da AFP na região presenciaram a chegada de comboios militares com tanques e caminhões sem matrícula.
A Ucrânia denuncia desde sexta-feira a entrada no leste separatista pró-russo de tanques e peças de artilharia vindas da Rússia.
A situação na região piorou consideravelmente após as eleições separatistas de 2 de novembro, que deixaram em situação crítica os acordos de paz assinados em setembro por Kiev e pelos separatistas pró-Rússia, com mediação da Rússia e da OSCE.
O conflito já causou mais de quatro mil mortos e este balanço demonstra mais uma vez a fragilidade do cessar-fogo concluído em 5 de setembro em Minsk, a capital da Belarus.
A crise ucraniana, iniciada há quase um ano com um movimento de protesto pró-Europa reprimido com violência e que provocou a queda do então presidente, o pró-Rússia Viktor Yanukovytch, provocou o pior momento nas relações entre Moscou e os países ocidentais desde o fim da Guerra Fria.
A União Europeia vai analisar a situação em uma reunião ministerial prevista para a próxima segunda-feira em Bruxelas.
A questão ucraniana também foi discutida pelos presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Barack Obama e Vladimir Putin, em Pequim, onde participaram na cúpula de dirigentes da Ásia e Pacífico.
*Atualizada às 14h50 do dia 12/11/2014