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Ortodoxos russos e católicos poloneses assinam reconciliação

Os representantes das duas igrejas selaram um inédito chamado para que poloneses e russos deixem para trás séculos de uma disputa que muitas vezes se tornou sangrenta

O patriarca ortodoxo russo Kirill e o arcebispo católico Jozef Michalik assinam acordo: os signatários também prometem "defender o direito à presença da religião na vida pública" (Janek Skarzynski/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2012 às 10h08.

Varsóvia - Os representantes máximos da igreja ortodoxa da Rússia e da igreja católica da Polônia assinaram nesta sexta-feira um chamado histórico à reconciliação e pediram "oração para o perdão para as injustiças e os erros cometidos reciprocamente".

Durante uma cerimônia solene no Castelo Real de Varsóvia, o patriarca ortodoxo russo Kirill e o arcebispo católico Jozef Michalik selaram assim um inédito chamado para que poloneses e russos deixem para trás séculos de uma disputa que muitas vezes se tornou sangrenta.

"Convocamos nossos fiéis a rezar para obter o perdão por todos os erros, injustiças e todos os males infligidos reciprocamente", afirma o texto.

"Estamos convencidos de que é um primeiro passo, o mais importante, em direção à restauração da confiança mútua sem a qual não há comunidade duradoura nem plena reconciliação", declaram os dois prelados, ao mesmo tempo em que se comprometem a realizar "novos esforços que devem aproximar nossas igrejas e nossos povos".

Os signatários também prometem "defender o direito à presença da religião na vida pública".

"Hoje nossos povos enfrentam novos desafios. Com o pretexto de proteger a laicidade ou defender as liberdades, os princípios fundamentais do Decálogo estão sendo questionados", afirmam, antes de acrescentar que "os valores tradicionais são rejeitados e os símbolos religiosos retirados dos espaços públicos".

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"Convocamos nossos fiéis a rezar para obter o perdão por todos os erros, injustiças e todos os males infligidos reciprocamente", afirma o texto.

"Estamos convencidos de que é um primeiro passo, o mais importante, em direção à restauração da confiança mútua sem a qual não há comunidade duradoura nem plena reconciliação", declaram os dois prelados, ao mesmo tempo em que se comprometem a realizar "novos esforços que devem aproximar nossas igrejas e nossos povos".

Os signatários também prometem "defender o direito à presença da religião na vida pública".

"Hoje nossos povos enfrentam novos desafios. Com o pretexto de proteger a laicidade ou defender as liberdades, os princípios fundamentais do Decálogo estão sendo questionados", afirmam, antes de acrescentar que "os valores tradicionais são rejeitados e os símbolos religiosos retirados dos espaços públicos".

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