Oposição venezuelana terá campanha nas "mentiras" do governo
Oposição buscará revelar as "mentiras" dos herdeiros de Hugo Chávez em uma campanha eleitoral que será "difícil", de acordo com um dos principais líderes oposicionistas
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2013 às 10h52.
Caracas - Com pouco tempo para se reorganizar e com a morte de Hugo Chávez sensibilizando milhões de venezuelanos, a oposição buscará revelar as "mentiras" dos herdeiros do comandante, enquanto enfrenta a enorme máquina política do Estado em uma campanha eleitoral que será "difícil", de acordo com um dos principais líderes oposicionistas.
Leopoldo López, um aliado próximo do candidato da oposição, Henrique Capriles, disse em entrevista à Reuters que o primeiro obstáculo a superar será a memória do falecido presidente. O segundo será convencer sua base de apoio que o sucesso é possível.
"Não é fácil, não só porque o início da campanha acontece com o próprio funeral de Chávez, mas porque ela é marcada pelo abuso de poder e mentiras, o que é ultrajante", afirmou López, que coordenou a campanha de Capriles em 2012, quando ele perdeu para Chávez mas conseguiu uma votação recorde para a oposição.
O jovem governador terá de enfrentar desta vez o herdeiro político de Chávez, Nicolás Maduro, atual presidente interino do país petroleiro.
Para López, um dos maiores desafios da campanha eleitoral mais curta na história do país é conseguir repetir a participação recorde de 80 por cento, registrada em 2012.
Chávez ganhou mais de 8 milhões de votos nas eleições de outubro passado, mas Capriles conseguiu 6,6 milhões de votos e, em dezembro, ganhou o estratégico governo de Miranda, uma das poucas vitórias da oposição nas eleições estaduais.
Pesquisas realizadas antes da morte do ex-presidente davam a Maduro uma vantagem de mais de 10 pontos sobre seu rival, uma diferença inferior à que separava Capriles e Chávez em julho.
O Conselho Nacional Eleitoral determinou apenas 10 dias para a campanha, o que dificulta as estratégias de ambos os lados, que já começaram a trocar acusações e insultos de alto calibre.
O discurso de Capriles no domingo, quando ele confirmou que tinha concordado em ser o candidato de uma coalizão de mais de 30 partidos de oposição, foi incendiário.
"O que eu digo às pessoas que confiaram em mim alguns meses atrás? O que eu digo ao nosso povo? Que vamos nos condenar a estes? A Nicolás e seu grupo?", disse o político, de 40 anos.
A resposta de Maduro foi imediata, chamando-o de "perdedor" e "miserável".
López disse que uma das principais mensagens da campanha da oposição será a "mentira" do governo. Eles acusam o governo de enganar as pessoas sobre as condições de saúde e a morte de Chávez, e afirmam que Maduro não tem o necessário para substituir seu mentor.
"Nem toda Venezuela é Chávez, isso não foi verdade nem nos melhores momentos de Chávez", afirmou López, lembrando que a oposição conseguiu parar uma emenda constitucional em 2007 e ganhou 52 por cento dos votos nas eleições legislativas de 2010.
Capriles insistiu no ano passado que a luta da oposição contra o governo seria igual à de Davi e Golias, por causa dos amplos recursos disponíveis para a máquina política do governo.
Na campanha de 2012, a oposição denunciou várias vezes as longas e frequentes presenças de Chávez no rádio e na televisão e a combinação de atos oficiais com as atividades de campanha, com o consentimento do órgão eleitoral.
Caracas - Com pouco tempo para se reorganizar e com a morte de Hugo Chávez sensibilizando milhões de venezuelanos, a oposição buscará revelar as "mentiras" dos herdeiros do comandante, enquanto enfrenta a enorme máquina política do Estado em uma campanha eleitoral que será "difícil", de acordo com um dos principais líderes oposicionistas.
Leopoldo López, um aliado próximo do candidato da oposição, Henrique Capriles, disse em entrevista à Reuters que o primeiro obstáculo a superar será a memória do falecido presidente. O segundo será convencer sua base de apoio que o sucesso é possível.
"Não é fácil, não só porque o início da campanha acontece com o próprio funeral de Chávez, mas porque ela é marcada pelo abuso de poder e mentiras, o que é ultrajante", afirmou López, que coordenou a campanha de Capriles em 2012, quando ele perdeu para Chávez mas conseguiu uma votação recorde para a oposição.
O jovem governador terá de enfrentar desta vez o herdeiro político de Chávez, Nicolás Maduro, atual presidente interino do país petroleiro.
Para López, um dos maiores desafios da campanha eleitoral mais curta na história do país é conseguir repetir a participação recorde de 80 por cento, registrada em 2012.
Chávez ganhou mais de 8 milhões de votos nas eleições de outubro passado, mas Capriles conseguiu 6,6 milhões de votos e, em dezembro, ganhou o estratégico governo de Miranda, uma das poucas vitórias da oposição nas eleições estaduais.
Pesquisas realizadas antes da morte do ex-presidente davam a Maduro uma vantagem de mais de 10 pontos sobre seu rival, uma diferença inferior à que separava Capriles e Chávez em julho.
O Conselho Nacional Eleitoral determinou apenas 10 dias para a campanha, o que dificulta as estratégias de ambos os lados, que já começaram a trocar acusações e insultos de alto calibre.
O discurso de Capriles no domingo, quando ele confirmou que tinha concordado em ser o candidato de uma coalizão de mais de 30 partidos de oposição, foi incendiário.
"O que eu digo às pessoas que confiaram em mim alguns meses atrás? O que eu digo ao nosso povo? Que vamos nos condenar a estes? A Nicolás e seu grupo?", disse o político, de 40 anos.
A resposta de Maduro foi imediata, chamando-o de "perdedor" e "miserável".
López disse que uma das principais mensagens da campanha da oposição será a "mentira" do governo. Eles acusam o governo de enganar as pessoas sobre as condições de saúde e a morte de Chávez, e afirmam que Maduro não tem o necessário para substituir seu mentor.
"Nem toda Venezuela é Chávez, isso não foi verdade nem nos melhores momentos de Chávez", afirmou López, lembrando que a oposição conseguiu parar uma emenda constitucional em 2007 e ganhou 52 por cento dos votos nas eleições legislativas de 2010.
Capriles insistiu no ano passado que a luta da oposição contra o governo seria igual à de Davi e Golias, por causa dos amplos recursos disponíveis para a máquina política do governo.
Na campanha de 2012, a oposição denunciou várias vezes as longas e frequentes presenças de Chávez no rádio e na televisão e a combinação de atos oficiais com as atividades de campanha, com o consentimento do órgão eleitoral.