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Oposição venezuelana pede ajuda a Dilma

Na carta dirigida à Dilma oposição afirma que "tese da continuidade indefinida do mandato" de Chávez "desconhece toda a jurisprudência" que torna "imprescindível" a posse

Hugo Chávez: documento foi entregue ao Senado antes da Suprema Corte da Venezuela adiar o juramento do cargo até que Chávez tenha condições de saúde (Michael Nagle/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 20h40.

Brasília - A oposição venezuelana pediu nesta quarta-feira que a presidente do Brasil, Dilma Rousseff , ajude a impedir a "ruptura democrática" que para o grupo significaria a continuidade do atual governo sem que Hugo Chávez assuma seu novo mandato amanhã.

Na carta dirigida à Dilma e entregue no Senado por Milos Alcalay, ex-representante da Venezuela na ONU e ex-embaixador no Brasil, a oposição afirma que a "tese da continuidade indefinida do mandato" de Chávez, que se recupera em Cuba após ser operado pela quarta vez de um câncer, "desconhece toda a jurisprudência" que torna "imprescindível" a posse presidencial.

O documento foi entregue ao Senado antes da Suprema Corte da Venezuela aprovar hoje a proposta de adiar o juramento do cargo até que Chávez tenha condições de saúde, e manter o atual governo, liderado pelo vice-presidente, Nicolás Maduro, pelo tempo que for necessário.

Alcalay criticou posteriormente a decisão e disse à Agência Efe que "não se pode dizer que amanhã se inicia um novo período presidencial e ao mesmo tempo apoiar a continuidade dos ministros" e outros funcionários que, como Maduro, "não foram eleitos".

Segundo Alcalay, a "ficção da continuidade" cria um cenário "perigoso", que se torna mais "preocupante" com os atos que o chavismo organizou para amanhã, dia marcado para Chávez assumir seu novo mandato.

"Alguns presidentes estrangeiros", entre eles os governantes do Uruguai, José Mujica, e da Bolívia, Evo Morales, participação do ato para "celebrar o dia da não posse", o que será uma "triste palhaçada latino-americana", pois "o presidente que deveria jurar não estará" presente, afirmou o dirigente opositor.


Alcalay argumentou que o Brasil, país onde foi embaixador entre 1997 e 2001, incluídos os primeiros três anos de Chávez no poder, tem "um papel fundamental na América Latina" e deve ser uma espécie de guardião da democracia regional.

A carta entregue no Senado pede que Dilma utilize sua "capacidade de articulação para garantir que não se chegue à absurda e aberrante decisão" que significaria a continuidade do atual governo sem que Chávez tome posse.

O documento também critica declarações do assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, que após visitar Havana para se informar sobre a saúde do presidente venezuelano defendeu a saída proposta pelo chavismo.

"Rejeitamos categoricamente as declarações de especialista em assuntos internacionais" e "as consideramos uma ingerência muito perigosa nos assuntos internos de outro Estado", diz a carta.

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Brasília - A oposição venezuelana pediu nesta quarta-feira que a presidente do Brasil, Dilma Rousseff , ajude a impedir a "ruptura democrática" que para o grupo significaria a continuidade do atual governo sem que Hugo Chávez assuma seu novo mandato amanhã.

Na carta dirigida à Dilma e entregue no Senado por Milos Alcalay, ex-representante da Venezuela na ONU e ex-embaixador no Brasil, a oposição afirma que a "tese da continuidade indefinida do mandato" de Chávez, que se recupera em Cuba após ser operado pela quarta vez de um câncer, "desconhece toda a jurisprudência" que torna "imprescindível" a posse presidencial.

O documento foi entregue ao Senado antes da Suprema Corte da Venezuela aprovar hoje a proposta de adiar o juramento do cargo até que Chávez tenha condições de saúde, e manter o atual governo, liderado pelo vice-presidente, Nicolás Maduro, pelo tempo que for necessário.

Alcalay criticou posteriormente a decisão e disse à Agência Efe que "não se pode dizer que amanhã se inicia um novo período presidencial e ao mesmo tempo apoiar a continuidade dos ministros" e outros funcionários que, como Maduro, "não foram eleitos".

Segundo Alcalay, a "ficção da continuidade" cria um cenário "perigoso", que se torna mais "preocupante" com os atos que o chavismo organizou para amanhã, dia marcado para Chávez assumir seu novo mandato.

"Alguns presidentes estrangeiros", entre eles os governantes do Uruguai, José Mujica, e da Bolívia, Evo Morales, participação do ato para "celebrar o dia da não posse", o que será uma "triste palhaçada latino-americana", pois "o presidente que deveria jurar não estará" presente, afirmou o dirigente opositor.


Alcalay argumentou que o Brasil, país onde foi embaixador entre 1997 e 2001, incluídos os primeiros três anos de Chávez no poder, tem "um papel fundamental na América Latina" e deve ser uma espécie de guardião da democracia regional.

A carta entregue no Senado pede que Dilma utilize sua "capacidade de articulação para garantir que não se chegue à absurda e aberrante decisão" que significaria a continuidade do atual governo sem que Chávez tome posse.

O documento também critica declarações do assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, que após visitar Havana para se informar sobre a saúde do presidente venezuelano defendeu a saída proposta pelo chavismo.

"Rejeitamos categoricamente as declarações de especialista em assuntos internacionais" e "as consideramos uma ingerência muito perigosa nos assuntos internos de outro Estado", diz a carta.

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