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Oposição síria pede proteção da ONU

Governo do país acusou os EUA de estarem por trás dos protestos; violência do regime aumenta

Máscara com o resto de Bashar al Assad: ditador segue reprimindo os protestos (Bulent Kilic/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 17h09.

Damas, Síria - A oposição síria pediu nesta segunda-feira uma "proteção internacional" para a população civil diante da repressão cada vez mais violenta do regime, que acusou os Estados Unidos de envolvimento nos "eventos sangrentos" que ocorrem do país.

O Conselho Nacional Sírio (CNS), que reúne a maioria das forças da oposição, acusou o governo de cometer "massacres bárbaros" na cidade de Homs, na região central do país, alvo de bombardeios e sitiada pelas tropas do regime de Bashar al-Assad.

Ignorando as sanções dos países ocidentais e as pressões da Liga Árabe, a Síria deu prosseguimento as suas operações de repressão, apesar de ter dado seu acordo "sem reservas" a um plano de saída de crise. Mais de setenta pessoas morreram desde que este acordo foi firmado.

O CNS declarou Homs "cidade sinistrada" e pediu em um comunicado o "envio imediato de observadores árabes e internacionais".

Homs, última cidade a não ser ainda totalmente controlada pelo regime após a queda de Lataquia, Hama, Deir Ezzor e Banias, também foi considerada "capital da Revolução" síria pelo CNS.

O ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, declarou que conversaria com seus colegas da ONU a respeito desde pedido de proteção internacional.

"O comportamento do regime é inaceitável, não podemos confiar nele", afirmou.

De acordo com ONGs sírias, o exército lançou no início da manhã um ataque de grande porte em diversos bairros de Homs.

Segundo o CNS, há "muitos corpos estendidos no chão" na cidade, onde as forças do governo usaram "artilharia pesada, foguetes e aviação".

"O exército está cercando Homs pelo quinto dia consecutivo para desmoralizar os moradores que ousaram rejeitar a autoridade do regime", completou o CNS.


De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), "as forças armadas entraram no bairro de Baba Amro após ter lutado com supostos desertores". Este confronto teria deixado "dezenas de mortos e feridos dos dois lados".

Moradores do bairro teriam avistado um caminhão "repleto de corpos", informou a ONG, que ainda explicou que o exército "começou a destruir lojas".

Em outras partes da cidade, três civis, inclusive uma menina de oito anos, morreram após terem sido atingidos por tiros das forças do governo.

Na região de Idleb (no noroeste do país), soldados foram vistos na estrada Khan Cheikhoune/Maaret al-Noomane controlando veículos em busca de militantes da oposição, após violentos confrontos entre o exército e supostos desertores nas proximidades da aldeia de Hiche.

O Exército Livre da Síria, grupo armado da oposição, reivindicou na rede social Twitter o lançamento de uma operação neste local. "Um dos nossos batalhões atacou uma patrulha de agentes de segurança e de Chabbiha (milícias pró-regime), matando nove dos seus integrantes e ferindo vinte".

Em uma carta enviada à Liga Árabe, o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Mouallem, acusou os Estados Unidos de "envolvimento nos eventos sangrentos" que ocorrem no país e pediu para que a organização "condene este envolvimento".

A Síria, que atribui a violência a "gangues terroristas armadas", também pediu a ajuda da Liga Árabe "para criar um ambiente propício para que o acordo sobre a saída de crise seja aplicado".

No domingo, a Liga Árabe tinha acusado Damasco de não ter respeitado o acordo e anunciou a criação de uma "reunião de emergência" no dia 12 de novembro em Cairo, no Egito.


Já a Comissão Geral da Revolução Síria (CGRS), um dos grupos que lideram a oposição no país, pediu para que a Liga Árabe "se mostre mais firme na sua condenação ao regime e proteja a população civil de acordo com a legislação internacional".

"Os árabes não podem apoiar este regime repressivo, sádico e terrorista ao conceder um prazo de mais uma semana", afirmou a CGRS, que decretou na próxima quinta-feira uma "greve geral na Síria para apoiar a cidade de Homs".

A ONU chegou a declarar em outubro que temia uma "guerra civil" no país e afirmou que mais de 3.000 pessoas morreram em oito meses por causa da política de repressão do regime.

Domingo, dia da festa muçulmana de Eid al-Adha, 19 civis morreram, 16 deles em Homs.

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O Conselho Nacional Sírio (CNS), que reúne a maioria das forças da oposição, acusou o governo de cometer "massacres bárbaros" na cidade de Homs, na região central do país, alvo de bombardeios e sitiada pelas tropas do regime de Bashar al-Assad.

Ignorando as sanções dos países ocidentais e as pressões da Liga Árabe, a Síria deu prosseguimento as suas operações de repressão, apesar de ter dado seu acordo "sem reservas" a um plano de saída de crise. Mais de setenta pessoas morreram desde que este acordo foi firmado.

O CNS declarou Homs "cidade sinistrada" e pediu em um comunicado o "envio imediato de observadores árabes e internacionais".

Homs, última cidade a não ser ainda totalmente controlada pelo regime após a queda de Lataquia, Hama, Deir Ezzor e Banias, também foi considerada "capital da Revolução" síria pelo CNS.

O ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, declarou que conversaria com seus colegas da ONU a respeito desde pedido de proteção internacional.

"O comportamento do regime é inaceitável, não podemos confiar nele", afirmou.

De acordo com ONGs sírias, o exército lançou no início da manhã um ataque de grande porte em diversos bairros de Homs.

Segundo o CNS, há "muitos corpos estendidos no chão" na cidade, onde as forças do governo usaram "artilharia pesada, foguetes e aviação".

"O exército está cercando Homs pelo quinto dia consecutivo para desmoralizar os moradores que ousaram rejeitar a autoridade do regime", completou o CNS.


De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), "as forças armadas entraram no bairro de Baba Amro após ter lutado com supostos desertores". Este confronto teria deixado "dezenas de mortos e feridos dos dois lados".

Moradores do bairro teriam avistado um caminhão "repleto de corpos", informou a ONG, que ainda explicou que o exército "começou a destruir lojas".

Em outras partes da cidade, três civis, inclusive uma menina de oito anos, morreram após terem sido atingidos por tiros das forças do governo.

Na região de Idleb (no noroeste do país), soldados foram vistos na estrada Khan Cheikhoune/Maaret al-Noomane controlando veículos em busca de militantes da oposição, após violentos confrontos entre o exército e supostos desertores nas proximidades da aldeia de Hiche.

O Exército Livre da Síria, grupo armado da oposição, reivindicou na rede social Twitter o lançamento de uma operação neste local. "Um dos nossos batalhões atacou uma patrulha de agentes de segurança e de Chabbiha (milícias pró-regime), matando nove dos seus integrantes e ferindo vinte".

Em uma carta enviada à Liga Árabe, o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Mouallem, acusou os Estados Unidos de "envolvimento nos eventos sangrentos" que ocorrem no país e pediu para que a organização "condene este envolvimento".

A Síria, que atribui a violência a "gangues terroristas armadas", também pediu a ajuda da Liga Árabe "para criar um ambiente propício para que o acordo sobre a saída de crise seja aplicado".

No domingo, a Liga Árabe tinha acusado Damasco de não ter respeitado o acordo e anunciou a criação de uma "reunião de emergência" no dia 12 de novembro em Cairo, no Egito.


Já a Comissão Geral da Revolução Síria (CGRS), um dos grupos que lideram a oposição no país, pediu para que a Liga Árabe "se mostre mais firme na sua condenação ao regime e proteja a população civil de acordo com a legislação internacional".

"Os árabes não podem apoiar este regime repressivo, sádico e terrorista ao conceder um prazo de mais uma semana", afirmou a CGRS, que decretou na próxima quinta-feira uma "greve geral na Síria para apoiar a cidade de Homs".

A ONU chegou a declarar em outubro que temia uma "guerra civil" no país e afirmou que mais de 3.000 pessoas morreram em oito meses por causa da política de repressão do regime.

Domingo, dia da festa muçulmana de Eid al-Adha, 19 civis morreram, 16 deles em Homs.

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