Oposição síria denuncia novos bombardeios e mortes
Grupos opositores denunciaram uma forte ofensiva das tropas governamentais para recuperar seu controle das mãos dos insurgentes
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2012 às 20h31.
Cairo - A cidade de Moadamiya al Sham, nos arredores de Damasco, foi cenário nesta terça-feira de fortes bombardeios durante alguns funerais, assim como da execução de 40 pessoas.
Nesta cidade, os grupos opositores denunciaram uma forte ofensiva das tropas governamentais para recuperar seu controle das mãos dos insurgentes, assim como a descoberta de 40 cadáveres. O massacre aconteceu no mesmo dia em que o regime de Assad criticou a ameaça dos Estados Unidos de intervir militarmente no país árabe.
O ativista da rede "Shaam" nessa área, Suhaib al Qasem, explicou à Agência Efe via internet que as vítimas foram executadas e que seus corpos foram encontrados no porão de um edifício.
Os Comitês de Coordenação Local (CCL) e a Comissão Geral da Revolução Síria (CGRS) confirmaram a matança e afirmaram que o edifício no qual os corpos foram descobertos está situado próximo da mesquita de Omar.
Além desta execução sumária, os ativistas informaram que um helicóptero realizou bombardeios nos funerais das vítimas dos ataques de ontem, causando mais de 20 mortes.
As localidades dos arredores de Damasco, como Misraba e Duma, foram as principais afetadas pelos ataques das tropas governamentais, que também bombardearam os bairros de Al Qadam, Al Asali e Al Mezzeh.
No resto do país, a violência castigou as províncias de Deraa, Deir ez Zor, Homs e Aleppo, onde houve duros combates entre as forças governamentais e os rebeldes.
Na cidade de Aleppo, um ativista identificado como Abu Naeem afirmou em entrevista à Efe que os confrontos transformaram os bairros de Salahedin, Seif al Daula, Al Shaar e Tariq al Bab em áreas intransitáveis e muito perigosas para os civis.
Abu Naeem lamentou que muitas pessoas perderam suas casas e estão dormindo na rua, além da falta de alimentos e remédios.
Também em Aleppo, os grupos opositores informaram que os bombardeios em um novo ataque contra uma padaria no bairro de Aquiul causaram a morte de mais de 20 pessoas.
Em Abukamal e Deir ez Zor, houve combate entre o Exército Livre da Síria (ELS) e as forças do regime, nas proximidades da sede do partido governista Baath.
O número de mortos somente hoje, incluindo os corpos encontrados em Moadamiya al Sham, oscila entre os 130 e 180, dependendo das fontes.
Estes fatos coincidem com a reunião em Moscou do vice-primeiro-ministro sírio, Qadri Jamil, com o chanceler russo, Serguei Lavrov. Ele pediu às autoridades sírias que se esforcem para uma reconciliação entre as autoridades e a oposição armada, e considerou que esta é a única via para pôr um fim ao conflito.
Neste sentido, Jamil afirmou que o regime sírio poderia cogitar a renúncia de alguns de seus membros, se tal assunto for levantado em eventuais negociações com a oposição.
Além disso, Jamil tachou de propaganda eleitoral as afirmações do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre o uso de armas químicas na Síria o que poderia precipitar uma ação militar americana.
"Desde o veto russo-chinês (no Conselho de Segurança da ONU) o Ocidente procura uma possibilidade para a intervenção militar na Síria, mas nós devemos dizer que essa invasão é impossível", concluiu.
A Síria garantiu no último mês de julho que está disposta a utilizar seu arsenal químico em caso de agressão externa, mas não contra a oposição armada. A ameaça foi condenada pela comunidade internacional.
Já o Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal coalizão da oposição no exílio, anunciou hoje em Paris que estuda a formação de um "governo de transição".
Cairo - A cidade de Moadamiya al Sham, nos arredores de Damasco, foi cenário nesta terça-feira de fortes bombardeios durante alguns funerais, assim como da execução de 40 pessoas.
Nesta cidade, os grupos opositores denunciaram uma forte ofensiva das tropas governamentais para recuperar seu controle das mãos dos insurgentes, assim como a descoberta de 40 cadáveres. O massacre aconteceu no mesmo dia em que o regime de Assad criticou a ameaça dos Estados Unidos de intervir militarmente no país árabe.
O ativista da rede "Shaam" nessa área, Suhaib al Qasem, explicou à Agência Efe via internet que as vítimas foram executadas e que seus corpos foram encontrados no porão de um edifício.
Os Comitês de Coordenação Local (CCL) e a Comissão Geral da Revolução Síria (CGRS) confirmaram a matança e afirmaram que o edifício no qual os corpos foram descobertos está situado próximo da mesquita de Omar.
Além desta execução sumária, os ativistas informaram que um helicóptero realizou bombardeios nos funerais das vítimas dos ataques de ontem, causando mais de 20 mortes.
As localidades dos arredores de Damasco, como Misraba e Duma, foram as principais afetadas pelos ataques das tropas governamentais, que também bombardearam os bairros de Al Qadam, Al Asali e Al Mezzeh.
No resto do país, a violência castigou as províncias de Deraa, Deir ez Zor, Homs e Aleppo, onde houve duros combates entre as forças governamentais e os rebeldes.
Na cidade de Aleppo, um ativista identificado como Abu Naeem afirmou em entrevista à Efe que os confrontos transformaram os bairros de Salahedin, Seif al Daula, Al Shaar e Tariq al Bab em áreas intransitáveis e muito perigosas para os civis.
Abu Naeem lamentou que muitas pessoas perderam suas casas e estão dormindo na rua, além da falta de alimentos e remédios.
Também em Aleppo, os grupos opositores informaram que os bombardeios em um novo ataque contra uma padaria no bairro de Aquiul causaram a morte de mais de 20 pessoas.
Em Abukamal e Deir ez Zor, houve combate entre o Exército Livre da Síria (ELS) e as forças do regime, nas proximidades da sede do partido governista Baath.
O número de mortos somente hoje, incluindo os corpos encontrados em Moadamiya al Sham, oscila entre os 130 e 180, dependendo das fontes.
Estes fatos coincidem com a reunião em Moscou do vice-primeiro-ministro sírio, Qadri Jamil, com o chanceler russo, Serguei Lavrov. Ele pediu às autoridades sírias que se esforcem para uma reconciliação entre as autoridades e a oposição armada, e considerou que esta é a única via para pôr um fim ao conflito.
Neste sentido, Jamil afirmou que o regime sírio poderia cogitar a renúncia de alguns de seus membros, se tal assunto for levantado em eventuais negociações com a oposição.
Além disso, Jamil tachou de propaganda eleitoral as afirmações do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre o uso de armas químicas na Síria o que poderia precipitar uma ação militar americana.
"Desde o veto russo-chinês (no Conselho de Segurança da ONU) o Ocidente procura uma possibilidade para a intervenção militar na Síria, mas nós devemos dizer que essa invasão é impossível", concluiu.
A Síria garantiu no último mês de julho que está disposta a utilizar seu arsenal químico em caso de agressão externa, mas não contra a oposição armada. A ameaça foi condenada pela comunidade internacional.
Já o Conselho Nacional Sírio (CNS), a principal coalizão da oposição no exílio, anunciou hoje em Paris que estuda a formação de um "governo de transição".