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Oposição líbia pede maior proteção para civis

Representante dos rebeldes pediram maior apoio da comunidade internacional; levantamento aponta que 10 mil pessoas já foram mortas pelas forças de Kadafi

Tanque é incendiado na Líbia: França e Reino Unido querem mais ação da Otan (Patrick Baz/AFP)

Tanque é incendiado na Líbia: França e Reino Unido querem mais ação da Otan (Patrick Baz/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2011 às 14h51.

Luxemburgo, 12 abr (EFE).- O responsável para a política externa do Conselho Nacional Transitório da Líbia (CNT), Ali Esawi, reivindicou nesta terça-feira à comunidade internacional "mais esforços" para proteger a população dos ataques do regime de Muammar Kadafi.

"Queremos mais esforços na proteção de civis diante desta agressão", disse Esawi depois de se reunir em Luxemburgo com os ministros de Exteriores dos 27.

O representante rebelde sublinhou que o CNT espera "de todo o mundo apoio completo à resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas e lembrou que as forças de Kadafi mataram mais de 10 mil pessoas e feriram mais 30 mil - 7 mil em risco de morte - desde o início do conflito.

Além disso, segundo relatou, 20 mil pessoas estão desaparecidas e podem estar em prisões do regime. A mensagem da oposição à Europa chega no mesmo dia em que a França e o Reino Unido queixaram-se que a Otan não está fazendo o suficiente em suas tarefas de proteção de civis na Líbia, críticas que rejeitaram outros países como a Espanha.

Esawi e Mahmoud Jibril, outro dos principais responsáveis pelos rebeldes, mantiveram nesta terça-feira um encontro informal com os ministros europeus no qual apresentaram um "plano ambicioso de transição", como revelou o titular de Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, em declarações à imprensa.

Frattini explicou que esse plano "prevê períodos muito claros", como a criação de um comitê nacional constituinte uma vez que Kadafi deixe o poder, a preparação de uma constituição transitória e a preparação de eleições.

Essa "Mapa de Caminho", indicou o ministro italiano, incluiria "todos os grupos" e também às zonas da Líbia que atualmente permanecem sob controle de Trípoli.

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