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ONU lança operação de emergência no Caribe após passagem de Irma

A organização oferecerá assistência imediata à região com o fornecimento de rações de emergência às pessoas vulneráveis

Irma: posteriormente, a organização também fará transferências em dinheiro para proteger o sustento de vida (Stringer/Reuters)
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EFE

Publicado em 12 de setembro de 2017 às 11h14.

Genebra - O Programa Mundial de Alimentos (PMA) lançou duas operações de emergência de três meses de duração no leste e oeste do Caribe após a passagem do furacão Irma pelas ilhas caribenhas, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) prepara o envio de pessoal e provisões médicas.

A porta-voz do PMA, Bettina Luescher, explicou hoje na coletiva de imprensa da ONU em Genebra que a organização oferecerá assistência imediata à região através de rações de emergência às pessoas vulneráveis, ao qual seguirão posteriormente transferências em dinheiro para proteger o sustento de vida.

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Antigua será o principal centro de operações do PMA para o caribe oriental, enquanto as ilhas Turks e Caicos serão para o oeste do Caribe, indicou.

O Depósito da ONU para Respostas Humanitárias (UNHRD, em inglês), que fica localizado no Panamá, transferirá hoje em um voo 40 toneladas métricas de produtos alimentares a Antigua.

O PMA também desdobrará pessoal de seu escritório regional no Panamá e desde El Salvador a Barbados e a Antigua, enquanto especialistas regionais que se encontram no Haiti e estão em trânsito na República Dominicana, serão enviados a Antigua, indicou Luescher.

No Haiti, a agência multilateral conta com 63 toneladas métricas de barrinhas e bolachas energéticas para atender cerca de 80 mil haitianos durante quatro dias, e além disso tem uma reserva de 3,3 mil toneladas métricas de alimentos nesse país caribenho e 20 caminhões para reparti-los.

No caso de Cuba, o PMA ofereceu sua ajuda ao Governo e depositou 1,6 mil toneladas métricas de alimentos em Havana, Cienfuegos e Santiago de Cuba para assistir cerca de 275 mil pessoas durante um mês nas áreas afetadas pela passagem de Irma.

Por sua vez, a OMS, através da Organização Pan-Americana da Saúde (PAHO), avalia com as autoridades nacionais as necessidades, disse o porta-voz em Genebra Tarik Jasarevic.

"Muitos hospitais e centros de saúde foram destruídos completamente ou parcialmente nas ilhas", disse.

Por outro lado é preciso reforçar a vigilância perante as doenças que possam surgir devido às inundações e à água para, por exemplo através de mosquitos, indicou o porta-voz.

As áreas prioritárias de atenção incluem a coordenação, a avaliação de danos, a supervisão epidemiológica, a logística, a gestão de informação, a água e questões sanitárias.

A porta-voz da Organização Mundial da Meteorologia (OMM), Claire Nullis, reiterou hoje que Irma, que já se degradou a uma depressão tropical, foi o furacão que permaneceu na categoria 5 - a máxima - durante três dias consecutivos.

Além disso, Irma registrou ventos máximos de 300 quilômetros por hora durante 37 horas, mais que qualquer outro ciclone tropical no mundo desde que existem registros.

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