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ONU diz que Israel e Hamas estiveram a "minutos de confronto devastador"

Nas últimas duas semanas a situação piorou até se aproximar de uma grande escalada da tensão que não acontecia desde a guerra de 2014 na Faixa de Gaza

O porta-voz da ONU disse que após o forte pico de violência do sábado, a situação voltou momentaneamente à calma (Suhaib Salem/Reuters)
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EFE

Publicado em 24 de julho de 2018 às 14h16.

Nações Unidas - Israel e o movimento islamita Hamas estiveram no último sábado a "minutos" de "outro confronto devastador", afirmou nesta terça-feira a ONU, que pediu que as duas partes "se afastem do precipício".

"Aqueles que querem provocar israelenses e palestinos à guerra não devem ter êxito", disse o enviado das Nações Unidas para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, ao Conselho de Segurança.

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Em videoconferência em Jerusalém, Mladenov explicou o trabalho feito nos últimos dias pela ONU e o Egito para evitar um novo conflito em grande escala em Gaza.

Segundo o enviado, nas últimas duas semanas a situação piorou até se aproximar de um "ponto de não retorno", em meio à maior escalada da tensão desde a guerra de 2014 na Faixa de Gaza.

Mladenov lembrou que no último mês 19 palestinos (entre eles sete crianças) morreram pelas mãos do Exército israelense em Gaza e mais de mil ficaram feridos, ampliando o alto número de vítimas registradas desde que começaram os protestos junto à cerca de separação com Israel, no dia 30 de março.

Do outro lado, soldado israelense morreu e quatro civis e outro militar ficaram feridos, em meio a repetidos ataques com foguetes e morteiros desde Gaza em direção ao território de Israel.

O representante da ONU disse que após o forte pico de violência do sábado, a situação voltou momentaneamente à calma.

Apesar disso, Mladenov insistiu que se não houver mudanças na atual dinâmica, "uma nova explosão é praticamente certa", por isso defendeu a necessidade de impulsionar a cooperação entre Israel e as autoridades palestinas, com apoio internacional.

"Outra oportunidade perdida poderia ter consequências desastrosas", advertiu.

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